A chegada de celulares com várias funções mudou intensamente o estilo de vida, de várias maneiras. O que antes era demorado ou trabalhoso, hoje é possível realizar em pequenos passos. Marcar reuniões, encontros com amigos, aplicar na poupança, transferir quantias, pagar contas ou postar fotos em redes sociais são apenas algumas funções que já não requerem o uso de um computador. Ficou fácil. Dinâmico. Ágil. As soluções se tornaram tão práticas, que o comportamento de antes teve seu significado social alterado, então, por exemplo, o fato corriqueiro de ir a um banco atualmente é sinônimo de intenso sofrimento. Encontros e possíveis desacordos com amigos podem não gerar discussões e troca de opiniões, mas várias consultas no Google pra checar quem tem mais razão. Minutos, horas e dias podem passar em torno de uma discussão de Facebook que pode se transformar em troca de ofensas e uso de ironia e ao fim alguém se pergunta: “como foi que isso chegou aqui?”. Essas e outras situações são bastante comuns hoje, são parte de nossas vidas e alguns já nasceram imersos nesse mundo. É inegável que smartphones trouxeram várias facilidades e seu uso aproxima pessoas e proporciona um manejo mais eficiente das várias atividades que o mundo atual exige. A frase “faça tudo sem sair de casa” é uma ótima ideia, não é? Ter a possibilidade de resolver diferentes questões numa tela que cabe na palma da mão pode gerar uma sensação de controle da própria vida, de dever cumprido. E que bom que essa alternativa existe! Imagina se tivéssemos que pesquisar sobre diferentes assuntos somente em bibliotecas, ler as notícias do mundo somente em jornais ou fazer compras somente em lojas físicas? Seria bem diferente, não? Mas não impossível, claro. Smartphones têm seu valor, suas funções e vivemos cada uma delas de maneira intensa e prazerosa, mas vale lembrar que existe um mundo inteiro ao nosso redor que está ali para ser mais visto, sentido, ouvido cialis pas cher que somente tocado na tela touch ou curtido no Instagram. Portanto, de forma alguma desconsiderando sua importância, é interessante primar por um equilíbrio, aproveitando momentos e experiências que não estão em nossas mãos, mas ali na nossa frente, basta levantar os olhos.
Renata Cortinhas – Psicóloga com especialização em Psicologia médica
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