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Uma nova aventura está por vir

Uma nova aventura está por vir

Não faz muito tempo que me convidaram para conhecer a África do Sul. Passar por algumas experiências e conhecer um dos continentes mais lindos do mundo. Minha empolgação é enorme! Porém enquanto nada se define, estou buscando conhecer mais sobre o país. Tenho uma amiga que passou por lá recentemente e é através dela agora que busco uma conexão com essa possível aventura.

Cape Town por Fernanda Pandolfi

Eu já conhecia a África do Sul. Visitei o país não faz muito, por isso, seguindo aquele critério de que os lugares já conhecidos não entrariam no roteiro da “Volta ao Mundo”, havia excluído o destino da lista. No entanto, por uma fusão de fatores e um convite especial da agência Top Luxe, acabei mirando de novo o sul do continente africano. Direto para Cape Town. A cidade que mais me encantou na primeira passagem. Um misto de montanha, mar azul e floresta. Um clima meio Rio de Janeiro, assim, com um quê da urbana São Paulo.

Para que o passeio não ficasse repetitivo, a Ana, proprietária da agência, sugeriu que fizéssemos um city tour diferente dos tradicionais: seria gastronômico. Como não topar? E está aí um bom truque para tornar mais suave aqueles passeios longos e por vezes monótonos pela maratona histórica: para um pouquinho, experimenta algum quitute e segue a caminhada. Mas o mais surpreendente da função toda é que o tour foca no pequeno produtor local, no que é produzido diretamente na região e, em consequência, descobrimos as curiosidades interioranas ao redor da capital. A fazendinha de onde vem o queijo, a mulher que dorme só três horas por noite para preparar os pastéis antes de vender na rua, ou a senhora que recebe turistas na própria casa em Bo-Kaap – rua famosa pelas casas coloridas.

Lembro que certa vez em que andava com uma ansiedade fora do padrão, comendo demais, não conseguindo emagrecer e chorei para a psicóloga, que tentou entrar na minha cabeça: “é só comida”. Várias vezes puxei a frase para desistir de provar algum doce, evitar o carboidrato ou recusar um vinho. Mas não deu. Porque, para mim, não é só comida. É cultura, é tradição, é se aproximar de um povo – como no caso da experiência em Cape Town. Que me perdoem os nutricionistas, mas dieta não combina com vida social. Não mesmo. Muito menos com viagem. Um roteiro só está completo depois de saborear a comida que tem a ver com a história, com o sítio da cidadela, com o anfitrião, com a economia local, com todo um ciclo.

Preciso confessar: engordei na Europa. E vi. Vi isso acontecer. Não fiz nada para mudar. Segui experimentando os sorvetes (minha verdadeira paixão), degustando as bebidas locais e visitando restaurantes estrelados. Não comi chocolate do supermercado e bolacha recheada. Não. Foram quilos bem ganhados, eu diria. Merecidos. E agora? A minha imagem no espelho não é mais a mesma. Se me incomoda? Óbvio. Mas não a ponto de interferir na minha imersão por aqui. Eu sabia que este ano seria diferente. E que comer é, sim, parte da viagem. Sem culpa, por favor. Senão, nem se esforça que não faz sentido. É que no momento que você entra no avião você tem que se permitir, entende? Mudar. Quebrar a rotina. Encarar aquela sobremesa.

Aquele dia em Cape Town abriu ainda mais meus olhos – e meu estômago – para isso.

Foto: Fernanda Pandolfi

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