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Te quiero, Valparaíso

Quando estávamos organizando nossa viagem, decidimos que também iríamos visitar Valparaíso, uma cidade muito próxima a Santiago, porém rica em cultura. A essa altura eu já havia fotografado algumas mulheres, já estava muito contente. Valparaíso foi fundada em 1544 pelo espanhol Pedro de Valdívia. Atualmente possui cerca de 300 mil habitantes e é a Capital Legislativa da República do Chile. Uma de suas características mais marcantes é a geografia repleta de morros na beira do mar. Para ajudar a população e os visitantes a subirem as ladeiras inclinadas, há 15 elevadores, ou ascensores, espalhados pela cidade. Quem chega em Valparaíso pela primeira vez pode se assustar com a altura dos morros e com a aparência desorganizada da cidade, mas logo se encanta pois, as casas são muito coloridas e respiram arte. O que eu não esperava era o frio em pleno janeiro. Eu e Carol, fomos de ônibus, estávamos com uma bermuda, e uma blusinha de manga curta, claro e um casaquinho, porém, quando descemos do ônibus estava um frio de 12 graus. Fomos obrigadas a comprar uma calça pelo menos. Minha calça era molinha, azul, que compramos em uma banquinha na rua, paguei algo como R$10 reais por ela, muito confortável. O dia estava feio, mas não tirou a beleza dos lugares, Carol e eu não tínhamos mapa, nem guia para conhecer a cidade, queríamos nos perder. E claro, conseguimos.

Mas também descobrimos cada cantinho lindo, que já estávamos muito familiarizadas com a cidade. Andando por uma rua, encontramos uma casinha de porta aberta, parecia uma galeria, com atelier, lá as casas não tem grades, é a rua e a porta. Olhamos para dentro, vimos inúmeras obras. A Carol por ser artista plástica e eu fã e curiosa pela arte. Entramos. Estávamos em uma sala olhando atentamente as obras, uma mais linda que a outra, xilografia, esculturas, de todos os tipos. Um rapaz então se aproxima com um mate na mão e diz: Olá, tudo bem? Precisam de alguma ajuda, alguma coisa? Na hora olhei para os lados e vi uma sala, com TV, sofá e me dei conta que na verdade estávamos dentro da casa dele, e não em uma galeria. Pergunto se é a casa dele, e ele responde que sim! Pedimos mil desculpas pela inocente invasão, porque achávamos que era uma galeria, ele muito simpático compreende (acho que não fomos as primeiras) e logo nos oferece um mate e nos mostra restante de suas obras. Carol compra uma, pois o trabalho dele realmente lhe encantou.

Saímos para almoçar e visitar mais alguns museus da cidade e conversamos muito sobre como estava sendo maravilhoso e surpreendente nossa viagem, estávamos realmente agradecidas com tudo que nos tinha acontecido. Mas eu mal sabia que um presente me aguardava no final desse belo passeio.

Por Gabi

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