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SOS mulheres!


Fui surpreendida ao ler uma reportagem que divulgava que foram criados códigos para a mulher pedir ajuda em farmácias. Funciona da seguinte maneira: a vítima de violência doméstica chega ao estabelecimento e solicita uma máscara roxa. O atendente, que já recebeu instruções sobre essa situação, diz que está em falta e faz três perguntas para comunicar “quando vai chegar”. Assim que a mulher vai embora, ele envia uma mensagem via WhatsApp para a polícia. Tudo isso foi criado devido ao aumento da violência doméstica em tempos de pandemia.

Na cidade de Livramento, em dez dias ocorreram dois, por isso foram realizados atos contra o feminicídio no início de junho por um grupo pequeno de feministas da região, terminando com ofensas contra essas mulheres. É um local considerado machista, por isso o fato de essas mulheres se rebelarem gerou desconforto, além de dessa forma alertarem tantas outras que ainda se submetem a todo tipo de agressão, desde a física até a psicológica. Apesar da opressão, esse grupo se reúne em praças e organiza debates na tentativa de conscientizar quem ainda não tem coragem de assumir sua vida e vive à mercê de outra pessoa.

Esses dois fatos me causaram perplexidade, pois estamos num século considerado de conquistas para a mulher, com amplos debates sobre o tema, levantando questionamentos sobre a assimetria de poder entre homens e mulheres. Como que pode então ter um aumento considerado da violência, em que inúmeras mulheres agonizam em seus lares sem ter uma possibilidade de sair das mãos de seu algoz?

Mulheres, não se intimidem, busquem ajuda, liguem para o 180, peçam orientação. Libertem-se de uma vida vazia, sem sentido. Assumam o comando da sua história, agora como protagonistas. Vocês adorarão poder fazer suas próprias escolhas!


Rosane MachadoMestranda em Estudo sobre as Mulheres, Gênero e Cidadania pela UAB de Lisboa

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