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Sobre ser mais feliz do que forte!


“Eu desejo que esse ano tu seja mais feliz do que forte”. Esse é um recorte de uma das mais lindas mensagens que eu recebi no meu aniversário deste ano. Ela veio de uma amiga que foi um daqueles encontros ou amizade à primeira vista, como eu falo.

Essa frase reverberou dentro de mim por vários dias... Eu li, reli, li mais uma vez. No fundo eu entendia o motivo de ter ficado tão tocada com essa frase. Num primeiro momento até me questionei sobre a forma como os outros me enxergam. Momentos depois eu simplesmente ri das minhas paranoias e entendi que quando alguém deseja felicidade ao invés de força, é um dos melhores presentes – ou desejos- que se pode receber.

Nos meses que antecedem o meu aniversário eu sempre começo um processo de reflexão sobre o ano que passou, sobre quem eu fui, sobre as coisas que eu idealizei, enfim.

Em 2022 eu existi. Eu não fui ninguém. Eu não quis ser ninguém. Simplesmente existi.

Tive tempo de me ver fora de mim, sabe? De lidar com as coisas cruéis de uma forma diferente. Meio que fiquei anestesiada. Eu me cerquei de trabalho, me cerquei de tarefas e mais tarefas só pra não ter que pensar muito em como eu estava me desmontando – ou despedindo – de um pedaço de mim já apodrecido e que precisava se desprender.

Quase no fim daquele ano eu pude entender a necessidade que eu tive de me esconder para poder mergulhar em mim, nas coisas que eu não quis pensar de 2019 para cá.

Ser feliz era uma dessas coisas. Afinal, como alguém pode seguir e ser feliz depois de tantas tragédias pessoais?

Essa pergunta ficou martelando em mim e eu só pude ouvir a minha risada favorita no mundo ( mamãe), me dizendo “ A gente só vive essa vida uma vez. Amanhã a gente pensa nisso”!

Ai aquela mensagem da minha amiga Marcia fez todo sentido. Foi como se ela falasse pela minha mãe, meio que me puxando a orelha sabe? Me libertando para ser feliz (de novo/sempre/quantas vezes forem necessárias).

Eu escrevi uma frase de mim pra mim mesma (hahahaahahaha) e colei na minha mesa de cabeceira. Eu leio antes de dormir e também ao acordar.

EU QUERO ME RECONECTAR COMIGO MESMA E DESCOBRIR QUEM EU SOU SEM A DOR!

O meu processo de autoconhecimento parte do princípio de que eu preciso me reconhecer pra entender melhor quem eu sou, o que eu quero e como posso partir em busca do que eu preciso.

Eu sou filha da minha mãe, filha do sol, filha de Osun. Eu nasci do sol e é pra ele que eu sempre volto.

Eu quero poder arriscar sem medo de errar. E se eu errar quero saber que aquele erro foi necessário por algum motivo místico que eu desconheço ( o ascendente em peixes tá bem forte hahahaahah).

Eu quero me despir da minha armadura de guerreira e ser apenas eu. A menina que ama as coisas mais bobas da vida como deitar no colo do meu marido com a nossa filha de 4 patas jogada por cima de mim. Mandar os memes mais aleatórios pros amigos, só pra dividir as angústias da vida adulta. Chorar por uma mensagem fofa ou por um filme daqueles bem dramáticos, que eu amo.

Eu quero ser a mulher que anda bem séria na rua, mas que nos fones de ouvido está curtindo Donna Summer ou Calypso e dançando mentalmente... Por falar em dançar, eu quero ser mais como a minha versão que só o Gabi e Olívia têm o privilégio de ver que é descalça, cabelão, vinho na mão e maluca/eufórica ouvindo qualquer música da Beyoncé.

Eu quero poder ser vulnerável sem me sentir culpada ou fragilizada por ser lindamente tão vulnerável. Quero sorrir de doer a barriga, chorar mais de amor ou alegria e menos de tristeza ( chorar de saudade de coisas boas e pessoas também vale).

Eu quero ser tão corajosa como as amigas que eu tenho que se desmontam e depois remontam, mas que seguem catando cada pedrinha no caminho pra construir o seu castelo.

Eu quero ser bem trivial mesmo, bem bobinha, bebinha, fofinha. Amandinha!

Engraçado que quando eu era mais nova odiava que me chamassem assim. Me sentia pequena. Hoje, quando eu olho pra mim, toda “inha” mesmo, eu penso que grande é essa mulher que entendeu que o seu maior orgulho não é o tamanho da sua força – sabemos que ela é gigante – o seu maior orgulho e o seu afeto... Ah esse é tão grande quanto essa mulher que tem se amado no diminutivo mesmo.

Eu quero me reconectar comigo e descobrir o que eu posso ser dentro de todo o meu amor!

PS: Eu quero agradecer a todas as minhas amigas corajosas e que me ensinam tanto sobre coragem e amor.

Marcia (polentinha), obrigado por sempre ter visto a Amandinha que habita em mim!


Por Amanda Alves Rodrigues





















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