top of page

Santiago do Chile e suas estações rodoviárias

Depois de muitas horas de viagem, finalmente chegamos em Santiago do Chile. Acho que esqueci de mencionar mas quando eu e a Carol estávamos organizando a viagem, decidimos que no Chile ficaríamos na casa de alguém, ou seja não ficaríamos em hostel, por isso optamos pelo Airbnb. Falamos com a Paula, trocamos algumas mensagens e pronto, hospedagem garantida. Quem ainda não conhece o Airbnb, conheça, é uma ótima opção para viajar, gastar pouco em hospedagem sem ter que ficar em hostel. Existem duas opções, o morador estará viajando e deixa o apartamento para você, sim, é assim mesmo, ou ele estará junto quando você se hospedar, no nosso caso a Paula estaria junto, o que para nós era ótimo, pois queríamos mesmo esse contato com alguém de lá. Ela disse que nos buscaria na rodoviária quando chegássemos, calculamos a hora e avisamos, e aí que começa nossa primeira aventura chilena. Quando compramos nosso bilhete de ônibus, dizia destino final estação rodoviária de Santiago (principal). Quando chegamos na cidade, paramos em uma rodoviária, desceram meia dúzia de pessoas, logo imaginamos, que essa não é a principal, porque nem todos desceram, perguntamos e nos confirmaram. Seguimos mais um pouco e ele para em mais uma estação e descem mais algumas pessoas, comecei a ficar nervosa. Quantas estações rodoviárias existem nessa cidade MEU DEUS!? Perguntamos e a resposta foi que a última era a principal. Quando chegamos, estávamos em uma estação que era só desova de passageiros, nada embarcava, e estava vazia. Eu e a Carol decidimos trocar nossos pesos em Santiago, quando chegássemos, ou seja estávamos ainda com pesos argentinos no bolso, era domingo e estava tudo fechado.

Chegamos à conclusão que nunca mais chegaríamos a algum lugar no domingo. Os ônibus foram embora e ficamos nós lá, sozinhas nos olhando sem entender nada, a nossa sorte é que era quase duas da tarde. Ainda pensei, temos tempo até escurecer. Perguntamos para um senhor que passava sobre qual seria a estação principal, mostramos nossos bilhetes e ele diz: não é essa! Vocês deveriam ter descido na anterior, nessas alturas eu já estava desesperada pela Paula que iria nos buscar e sem como falar com ela, que estávamos no lugar errado. Sentadas, cansadas, sem dinheiro e pensando como faríamos para ir até a outra estação, chega um ônibus, estaciona, o motorista desce, pega um café e nos pergunta: ta tudo bem? (deveríamos estar com a cara de terror e pânico) explicamos pra ele a situação e ele nos fala. Calma, eu levo vocês lá! Preciso ir pra lá daqui a pouco! Subam no ônibus! Não acreditamos! Agradecemos muito e subimos, pegamos uma carona em ônibus leito! Nunca imaginei! Ele nos deixa em um fácil acesso a passageiros e ficamos muito gratas! Quando entramos percebemos, essa sim é a estação principal! E porque raios não colocam o nome dela no bilhete!? Tinha restaurantes, câmbios, lan hauses, estávamos no paraíso. Entrei em uma lan para falar com a Paula, avisamos do ocorrido, mas que estava tudo bem, ela responde na hora que estava indo nos buscar, que se atrasou. Ufa! Combinamos um ponto de encontro. Estávamos aliviadas e muito felizes. Nesse dia me dei conta que, não importa onde você está no mundo, tem sempre alguém disposto a te ajudar. Nesses tempos difíceis que vivemos atualmente, fica muito difícil acreditar no outro. Mas digo, por experiência própria, das roubadas que já me enfiei (e claro que vou contar) eu ainda acredito nas pessoas e na sua boa vontade, o Chile foi prova disso, pois é claro que ainda iríamos passar por poucas boas nessa viagem que estava só começando.

Por Gabi

コメント


bottom of page