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Ruby Bridges: a pequena notável

Esta semana fiquei conhecendo um pouco da história de uma mulher fantástica. Tornei-me sua fã e admiradora. Ruby Bridges quando pequena se destacou intelectualmente e fora escolhida pela Associação Nacional para o Avanço de uma Pessoa de Cor (título grande) a estudar numa escola somente de “brancos”. Não sabia ao certo a caminhada que estava iniciando em busca dos seus direitos, pois era apenas uma criança de seis anos. Seu pai, inicialmente, ficara relutante, mas a mãe pensava diferente. Queria que a filha tivesse outra oportunidade, além de abrir caminhos para todas as crianças afro-americanas.

Não foi fácil enfrentar as ameaças que surgiam de todos os lados. Os alunos foram proibidos pelos pais de ficarem no mesmo ambiente que ela. Quando a pequena Ruby chegou para estudar, em 1960, na cidade de Nova Orleans, seus passos eram firmes, não olhava para as pessoas, nem tampouco tinha a dimensão do que estava acontecendo. Em nenhum momento fraquejou ou choramingou. No seu íntimo vislumbrava uma possibilidade, talvez por ouvir seus pais falarem a respeito. Com certeza não tinha em mente o que as pessoas gritavam na frente da escola com cartazes e palavras de insultos.

Era apenas uma criança sobrecarregada por um preconceito que coloca algumas pessoas num patamar de superioridade, como se o tom da pele definisse seu caráter. Desde quando um ser humano passa a acreditar que por ter uma pele clara pode maltratar ou até mesmo ser indiferente a quem tem a pele mais escura? São tolos ou infelizes aqueles que pensam dessa forma, pois, muitas vezes, perdem de conhecer pessoas magníficas que teriam muito a acrescentar em suas vidas.

Ao ver sua foto do primeiro dia de aula, escoltada por policias, fiquei comovida. Nada disso seria preciso. Bastava recebê-la como tantas outras crianças que, através da sua inocência, expressam os mais puros sentimentos. Querem poder brincar, sorrir, sonhar e acreditar num futuro próspero e feliz. Em razão disso, a pequena Ruby perdeu muito da sua infância, tendo que amadurecer antes mesmo de entrar na idade adulta. Tornou-se forte e mais tarde reconheceu a importância de seu ato, incentivando muitas outras crianças a seguirem seu caminho. Ela agora é presidente da Fundação Ruby Bridges, que promove “os valores da tolerância, do respeito e valorização de todas as diferenças”.

Abraços!!!

Por Rosane Machado

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