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Queremos explicar o inexplicável!


Mulheres perdem filhos todos os dias, e o que podemos fazer se não ajudar na travessia desse momento e na compreensão de cada fase que ela irá viver?!

Podemos estar ali ajudando-a não ter mais medo que fé, a acreditar nas possibilidades e nas superações, ajudando a caminhar quando ela não tiver mais força.

Acolher o luto, muitas vezes nos traz o ímpeto de querer amenizar, estancar a ferida, conter o sofrimento.

Queremos explicar o inexplicável!


Fica mais fácil se compreendermos a vida pelo sopro, o próprio sopro divino que tomamos quando nascemos, o sopro da vida. A mãe que está ali, tão “fundida” nessa relação visceral com o filho, se sente sem vida, faltando o ar literalmente.

O ar não “chega”, não se aprofunda, não sacia, ele foi retirado dela, de certa forma, os sentimentos se assemelham com o morrer; na morte dos sonhos, desejos, propósitos, nas principais necessidades desse existir, que por algum momento se desconstrói, deixando o nada, para que tudo possa ser(um dia) construído de novo.

Essa família vai aprender a traçar uma linha rumo ao inesperado e a aceitação.


Eu me rendo diante da dor dessa mulher, e de todas as outras, aprendendo o que realmente significa dar as mãos a alguém.


Deixar que cada um permaneça, o tempo que for, da maneira que conseguir, pelo tempo que precisar.

Acolher significa deixar ser, deixar fluir inclusive os sentimentos considerados não bons, sem precisar puxar pra frente, impor ritmo, ou fazer “passar”, mesmo porque, um filho nunca passa.


Não se apresse, tome seu tempo, faça o que conseguir e seja muito gentil com vc mesma! Precisará do seu próprio abraço e também dos braços que puderem ajudá-la a caminhar, mesmo porque, ninguém está nessa vida para caminhar sozinho.

Estamos aqui! 💜


📝 Daniela Bittar, psicóloga puerperal, perinatal e familiar, especialista em perda neonatal e gestacional, fundadora do @sentirmulher, @sentirfamilia e do @gamas.grupodeapoio

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