Já é quase carnaval e meu coração mais uma vez não verá a folia, aquela das ruas, dos fervos, dos blocos, do Brasil suado. Desde 2020 meu carnaval é outro, o famoso bloco do eu sozinho, álbum musical do Marcelo Camelo que leva esse nome. É difícil olhar para essa data nesse contexto, da reclusão, do silencio, do feriado por sí só, agora parece algo pálido, sem graça, sem vida.
Eu cheguei em São Paulo no carnaval de 2019. Muita coisa aconteceu de lá para cá! Muita gente me bagunçou, muitos outros me colocaram no eixo de novo. Muitos contatos e conexões, muita alegria e tristeza também. Chegar em São Paulo em pleno carnaval é de se guardar na memória e no coração essa data com muito carinho. Mas de lá pra cá muita coisa mudou, eu mudei, o carnaval mudou. Você deve estar se perguntando, nossa, mas é triste? E agora?
Agora é que ressignificar é a palavra da vez. O bloco são os amigos, poucos, mas bons, são os filmes que deixei na lista e nunca vi, são as caminhadas por bairros que nunca dei, são as coisas que eu nunca olhei nessa época. Me mudei de casa, muitas coisas resinificaram na minha vida e essa data não será diferente! Duplo gostinho de alegria e amor por São Paulo! Farei três anos de cidade e de uma nova eu, lógico, a Gabi que pousou em 2019 não é mais a mesma.
Então vamos escolher nossas melhores fantasias e celebrar a vida? Mesmo que você fuja de algum festerê, ta tudo bem! Tire um dia para celebrar com você mesma a alegria de estar com amigos, família, ou até mesmo sozinha descansando, mas celebre, vibre! Do seu jeito, da maneira como você encontrou de se achar no meio desse turbilhão que foram esses dois últimos anos. Dizem que o ano novo só começa depois do carnaval, e eu preciso concordar. Se jogue nesse novo ano e que ele venha para nos abastecer de cor e alegria! Qual é o teu bloco de carnaval? O meu é comigo mesma! E quem vier será bem vindo!
Por Gabi
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