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Pós carnaval o ano começou.


Sobre chegar no seu limite. Sobre não saber a hora de dizer chega. Sobre ser você e só você para te acalmar. Hoje o texto é sobre isso, você consigo mesma. Mas pode ser sobre sua amiga, sobre alguém que você ouviu falar. Mas no fundo, você pode aqui, também se encontrar.


Tem dias que a gente só quer largar tudo e fugir, ou ficar na cama vendo filmes por que está cansada de “lutar” por algo que nem você sabe se é isso que te faz feliz. Tem dias que dá vontade de ficar jogada em uma praça, tomando um sol no rosto pensando sobre a vida. Isso tudo seria lindo se não fosse uma fuga. Uma fuga de uma realidade não tão legal que talvez esteja vivendo. Eu, tive que chegar no meu limite para perceber isso. E quando digo limite, digo que meu corpo cansou e só parou quando eu chorei uma noite inteira e me dei conta: hei! Tem algo errado aqui! Mas tive que deixar meu corpo transbordar uma noite inteira em lágrimas para eu perceber que tinha chegado no limite de qualquer emoção. E sentimentos como, porque eu fiz isso? Porque eu faço isso comigo, vieram à tona que amigas precisaram intervir com abraços, afagos e palavras queridas.


Elas foram essenciais quando essa tristeza bateu. Mas depois de recuperada resolvi me encarar. Porque eu me deixei chegar nesse ponto? A verdade é que tudo está muito pesado, o clima do mundo está difícil, tem mais ódio no ar que amor. A competividade está grande, então você tem que tirar uma força do além para seguir acreditando no que faz. Mas depois de um dia cheio de emoções parei para refletir que as vezes a gente não se põe um limite, te convidam para ir em uma festa, você não quer ir, mas vai. Te sugam no trabalho, você não fala para não se incomodar ou perder, e fica. O boy te dá migalhas e você uma torta inteira, com medo de perder, e fica. No trabalho se esforça, se doa, e se permite ao que você não merece ou precisa e não tem reconhecimento.

O corpo vai somando, você sabe que incomoda, mas aceita. Mas chega uma hora que por algum motivo a conta chega e você põe pra tudo pra fora, e da pior maneira, ficando muito muito triste e incapaz. Veja bem, você só chegou a esse ponto porque você permitiu, não porque você mereça ou que sua vida é injusta com você. A partir de hoje! Ou desse fatídico dia que eu decidi não mais aceitar o que eu não quero, o que não me faz bem. O boy dei a real, “assim não me serve” no trabalho, falei “peguem leve, eu estou me esforçando” e na festa? “hoje quero ficar mais de boa em casa” sei que as amigas vão entender.


Pausei, pisei no freio. Me perdoei por ter me deixado cansar e agora posso me olhar com carinho. Bem simbólico para o início do ano, contraditório esse pausar no início de um novo ciclo, mas é algo como morrer para renascer.

Assim que me sinto, matei uma Gabi acomodada, insatisfeita, para dar chance a uma Gabi que questiona, que não se permite quando não está afim. Uma forma de cuidar da saúda mente e do coração.


Por Gabi

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