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O consumismo e o vazio existencial

Nos tempos modernos a felicidade não mais é conquistada, mas sim adquirida em qualquer loja que forneça produtos de marca que diariamente invadem os lares com apelos midiáticos, coloridos e muitas vezes apelativos. Somos levados pela lei do consumismo que promete momentos de gratificação e gozo não conquistados em outra área da vida. Iludidos por instantes que estão a serviço de restabelecer equilíbrio nas pessoas, que destituídas de crenças e valores, se entregam ao colorido e magia de um pacote, vitrine, algo externo que dê sentido ao que não pode ser acessado por meio próprio.

Entretanto, quando percebemos, aquele objeto logo entra em desuso e necessitamos de algo maior ou mais potente, que venha substituir o que já não mais nos satisfaz. E sem perceber estamos envoltos num ciclo que se repete constantemente, pois diariamente somos seduzidos pelo novo, produto que desperta desejos, cobiça de quem não consegue se manter no mesmo patamar de quem tem poder de aquisição, pois nem sempre estamos aptos a adquirir o produto de melhor qualidade e então nos frustramos.

Então, tornamo-nos pequenos e inseguros como se o outro que amamos não tolerasse nosso desamparo e solidão, por não ter aquilo que é moderno.

E, assim, a vida que poderia ter outro significado torna-se amarga e fria, pois dependemos do sucesso e do consumo para preencher um vazio imenso que tomou conta do ser humano. Corremos atrás daquilo que leve ao crescimento e mostre uma direção, mas por um caminho incerto e duvidoso que às vezes leva a lugar algum. Apenas incita e instiga um recomeço uma brevidade que às vezes gera angústia, depressão, medo de não conseguir manter o mesmo status adquirido à custa de muito esforço e algumas vezes ao preço de uma saúde abalada por noites insones por não saber como administrar o novo tempo que surge a cada dia com prioridades que visam ao lucro e ao consumismo. E para aliviar esta dor usam medicamentos que prometem felicidade a todo custo, pois hoje o ser humano não precisa mais ser triste, tem que correr atrás da felicidade. Como você lida com essa questão?

Beijos até o próximo encontro!!!

Por Rosane Machado

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