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Nenhuma a menos

Na semana que passou, aconteceu mais um crime que levou diversos países a se manifestarem quanto à violência contra a mulher. Uma jovem de apenas 16 anos, a argentina Lucía Pérez, teve sua vida violentamente subtraída. Não teve tempo de agir, pedir socorro ou se desvencilhar de um grupo de homens afoitos em possuí-la.

Uma menina descrita pela mãe como dócil e alegre como toda adolescente. Tinha sonhos e um deles era ser veterinária, pois adorava animais. Após assassiná-la, deixaram seu corpo já inerte na porta de um hospital. Não pensaram no que estavam fazendo. Agiam pelo gozo imediato do prazer. Não possuíam a capacidade de raciocinar no ato de crueldade que estavam praticando, nem tampouco de perceber que essa jovem tinha tanto ainda para realizar em sua vida. Seus familiares para sempre ficarão marcados pela dor da perda. Irão querer saber se a filha havia sofrido durante o período que se viu impossibilitada de agir. Serão muitos questionamentos que os irão atormentar. Mas a maior parte ficará sem retorno. Nada surgirá no caminho que possa dar um alento a esses tempos sombrios que terão que enfrentar.

Infelizmente, ela representa um universo imenso de meninas que passam pela mesma situação. Umas se tornam manchetes, outras nem sequer ficamos sabendo. Esse caso foi apenas mais um entre tantos na luta das mulheres contra a violência de gênero na América Latina. Muito ainda precisa ser feito para que essas jovens possam transitar tranquilamente sem correr o risco de serem assassinadas. Esses atos estúpidos provam o quanto pais, governo e sociedade devem se preocupar com as crianças, pois a consciência de quem somos e a responsabilidade que devemos ter com nossos atos iniciam na infância, com bons exemplos e boa educação.

Por Rosane Machado

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