top of page

Minha vida cheia de propósito

Pra começar esse assunto, preciso contar o que me (nos) aconteceu. Eu e umas amigas fazemos um treinamento de neurocoaching juntas e, no início de julho deste ano, fomos questionadas por nossa coach “Quais eram nossos propósitos de vida?”. Que perguntinha. Ficamos perplexas. Paradas com olhar de paisagem olhando pra ela, umas para as outras e para folha em branco que estava na nossa frente. É uma questão muito complexa de se responder assim de cara. Não conseguimos responder nada muito claro, tudo era vago. Mal e mal preenchemos alguma coisa naquela grande folha. Palavras soltas, confusas. Aos poucos, depois de dois meses nos aprofundando neste estudo do “propósito de vida” tivemos outro encontro recente. Nesse momento, a mesma coach nos pegou de surpresa e nos perguntou novamente quais eram nossos propósitos. “Essa pergunta de novo?” “Mas já estudamos tanto”, “foi tão difícil já no outro dia”, “que negócio é esse de propósito?” eu pensava. Ficamos novamente “um pouco” perdidas, pra não dizer completamente. Para não decepcionar a nossa coach e dizer pra ela que estávamos no maravilhoso reino de “no man’s land” (lugar nenhum) e que todo nosso esforço tinha sido em vão, começamos a falar das nossas vidas, da nossa trajetória profissional e das nossas relações. Surpreendentemente, o que parecia terra de ninguém, aos poucos, foi ficando claro para quem ouvia. Enquanto cada uma falava sobre as suas vidas, as outras ficavam olhando admiradas, pensando “nossa, que legal, ela já sabe!”. Mas nós, enquanto estávamos falando, aquilo que parecia muito claro para as outras, na nossa cabeça era “nossa, como eu to perdida”. Fomos trocando nossas percepções umas com as outras, fazendo uma leitura do que a gente tinha falado e ouvido e – em pouco mais de uma hora – não sabíamos exatamente “pra que vim para o mundo”, mas tínhamos bons indícios. Dito isto, pensei que seriam informações muito valiosas pra quem se acha muito desnorteado na vida, dar pequenas dicas de como encontrar o seu propósito. Percebo que às vezes quem se acha “perdido”, está mais “achado” do que imagina. Discordo um pouco do Bial no texto Filtro Solar, quando ele diz “as pessoas mais interessantes que eu conheço tem mais de 50 anos e ainda não sabem”, dica número 1: no fundo a gente sabe: só não admitiu pra si mesmo. Outro fato curioso é que, provavelmente, já estamos exercendo nosso propósito de alguma forma: se não é no nosso trabalho formal, já está implícito na forma como nos relacionamos, no jeito que a gente lida com o planeta, com a nossa casa, com o nosso corpo. Alerta número 2: tudo que fazemos – de alguma forma – está conectado com ele. Além disso, (dica número 3) quando não estamos praticando algo que está de encontro com o que “viemos fazer aqui” nos sentimos mal e desconectados com a nossa essência. Sabemos que estamos “servindo o nosso propósito” quando nos sentimos bem, satisfeitos e completos. Se faz sorrir, faz sentido. Por fim, queria dar uma última dica “2 em 1” : tenha a tua volta pessoas que te escutem e te percebam (sem julgamento) e, principalmente, escute elas”. Foi imprescindível pra nós neste processo estarmos juntas de pessoas incríveis e amigas, só assim conseguimos abrir nosso coração sem medo, só assim conseguimos colocar no papel qual é o nosso norte.

Juliana W. Soeiro Psicóloga – CRP 07/26220 Telefone 98926-4043

Comments


bottom of page