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Me apaixonei pelo meu amigo e ele, por outra amiga.


Hoje vou falar sobre finalizações. Eu sou péssima no quesito finalizar quando se trata de se despedir e deixar o tempo ou o acaso dizer quando um possível reencontro acontecerá. Mas essa despedida é atrasada daquelas que já deveriam ter acontecido porque um ponto final é necessário a vezes. E haja coragem quando na verdade você não quer.


Vou ajudar no raciocínio, sabe quando você gosta de alguém, namoraria essa pessoa, mas gosta também como amigo(a), mas ela gosta de outra pessoa, namora outra pessoa, mas quer ser teu amigo, porque vocês tem coisas e amigos em comum? É isso. Nos encontramos nessa vida doida de cidade pequena, mesmo morando em cidades distintas, sempre tivemos um carinho, uma vontade da além da amizade, mas ninguém fez nada a respeito, por medo, inseguranças. Só sei que descobri que não me faz mais bem, me foi indiferente e confuso por um tempo. Agora morando na mesma cidade, mas meus sentimentos ainda são confusos, tentei através da comunicação uma aproximação além da amizade e não foi como esperava, ele deve ter os motivos dele, como, gostar de mim apenas como uma grande amiga. E está tudo bem! Então o que podemos fazer? Por hora, nos afastarmos.


Me proteger forte foi o que pensei que precisava para esse encerrar de ciclo, momento. Olhando para traz vejo muito aprendizado, muito lutar para manter esse contato vivo e presente, mas tem coisas que a gente precisa finalizar. Meu amigo começou a namorar e isso me deixou triste, chateada, como se tivesse perdido uma batalha que só eu disfarçava a normalização da informação. Pensei, refleti, e decidi: ah! Tá tudo bem, só quero ele presente mesmo! E foi nessa onda que me afoguei. Me afoguei vendo um post deles na redes sociais e a sirene tocou. Algo mexeu aqui e não fez bem.


Por isso depois de muito rebater, finalmente a decisão: preciso me afastar, achar a cura disso, um zelo a mim mesma. Um exercício que deveria ser muito simples e rápido para mim. Doeu? Passa remédio, incomoda? Tira o sapato fora. Quando nesses momentos de desconfortos acontecem e tomamos essas atitudes, porque quando o assunto é emocional não conseguimos? Postergamos, adiamos, anulamos, ignoramos? Eu fiz isso, mas não mais. Agora tá doendo ter dito: preciso me afastar. Quanto tempo? Só ele dirá. Já não depende mais de mim. Mas essa atitude minha foi um acalento e um cuidar de mim, um me proteger e zelar. A gente esquece que autocuidado e amor é também finalizar situações que não agregam ou trazem desconforto.

Um passo de cada vez, um dia após o outro. E assim cuidarei de mim.


Por Gabi


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