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LGBTQ+ filmes mostram a evolução de como o tema é tratado


O amor é por definição um sentimento universal e livre, capaz de tocar a todos e todas sem distinção – e se não for assim não há de ser amor. E sendo este o sentimento primordial a mover a criação de filmes desde sua invenção, a história do cinema é também a história do amor LGBTQ+. Ainda que o preconceito e a ignorância tenham transformado a afirmação LGBTQ+ em tabu ao longo da história, o fato é que desde os primórdios da sétima arte que a afetividade lésbica, gay, bissexual, transexual, queer e mais se faz representada nas telas.

Estima-se que a primeira sugestão homossexual em um filme tenha ocorrido ainda no século XIX, na obra ‘The Dickson Experimental Sound Film’, dirigida por William Kennedy Dickson em 1895. Em 1922, no filme ‘Manslaughter’, o diretor Cecil B. De Mille mostrou enfim um beijo entre duas pessoas do mesmo sexo em um filme. Em 1930, no filme ‘Morocco’, a grande Marlene Dietrich protagoniza aquela ficou conhecida como a primeira cena a representar um beijo entre duas mulheres – e, de lá para cá, grande filmes de amor levaram as sentimentalidades, a luta, a história, mas principalmente o amor LGBTQ+ para as telas.

Nos últimos anos, porém, o tema se tornou presente nas telas como nunca, trazendo alguns dos mais comoventes e importantes filmes já feitos em temática LGBTQ+. Nessa listinha que separei, naturalmente outras grandes obras ficaram de fora, e seguramente outra lista poderia ser feita inteiramente diferente sem perder a qualidade – e que bom: sinal de que o amor verdadeiramente livre está cada vez mais presente nas telas do cinema.

‘Moonlight’ (2016)

Explorando questões profundas como crescimento, tornar-se adulto, a descoberta da própria identidade e da própria sexualidade, Moonlight, de Barry Jerkins, venceu o Oscar de Melhor Filme com a história verdadeiramente emocionante de Chiron, desde a infância até a vida adulta. Amor, sexualidade, maternidade e paternidade, racismo e identidade forma esse que é atualmente compreendido como um dos melhores filmes estadunidenses feitos no século XXI.

‘Milk: A Voz da Igualdade‘ (2008)

Ainda que não se trate essencialmente de uma história de amor, cada minuto da história de Harvey Milk é movido por esse sentimento e por sua luta pela liberdade – nas telas como já havia sido na vida real. Harvey Milk foi um verdadeiro herói enquanto ativista a se tornar o primeiro homossexual assumido a ser eleito para um cargo público na Califórnia – e sua história de vida, contada em Milk: A Voz da Igualdade, dirigido por Gus Van Sant, ajudou a mover o movimento LGBTQ+ como um todo.

‘A Garota Dinamarquesa’ (2015)

Inspirado na história real da vida das pintoras dinamarquesas Lili Elbe e Gerda Wegener, o filme A Garota Dinamarquesa, dirigido por Tom Hooper, leva às telas a incrível trajetória de Lili, a primeira pessoa a realizar uma cirurgia de mudança de sexo que se tem registro. Com atuação impecável de Eddie Redmayne vivendo o papel principal, o filme recebeu diversos prêmios em todo o mundo.

‘Me Chame Pelo Seu Nome’ (2017)

As quatro indicações ao Oscar não representam a beleza e qualidade do filme Me Chame Pelo Seu Nome, dirigido por Luca Guadagnino e estrelado por Timothée Chalamet e Armie Hammer. Passado no norte da Itália no início dos anos 1980, ao contar a história de amor vivida entre o jovem Elio e Oliver, assistente de seu pai, Guadagnino realiza também um dos mais comoventes, sinceros e modernos filmes de toda a lista, ao colocar o amor entre dois homens de maneira direta e franca como somente e essencialmente um filme de amor, seja como for.

‘Carol’ (2015)

Uma fotógrafa iniciante começa um relacionamento com uma mulher mais velha na Nova York dos anos 1950: essa é a premissa de Carol, dirigido por Todd Haynes e estrelado por Cate Blanchet e Rooney Mara, que viria a se tornar um dos filmes mais celebrados em seu ano de lançamento, incluindo cinco indicações ao Globo de Ouro e seis ao Oscar. A tocante história de enfrentamento das duas mulheres contra uma sociedade dogmática em nome do amor é de tal forma celebrada que foi eleita pelo British Film Institute como o melhor filme LGBT de todos os tempos.



fonte: Hypness

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