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La Loba


Esse domingo passado eu e um grupo de amigas começamos um novo projeto. Elas me convidaram pra guiar a leitura do Mulheres que correm com lobos e eu, sem titubear muito, aceitei o convite. Esse livro é um mergulho e um portal pro inconsciente, quem já leu, sabe do que estou falando. Todos os livros são portais de algum conhecimento do mundo, mas esse se trata de um conhecimento profundo da essência do “ser mulher”. Pretendo deste e dos próximos textos insights sobre cada capítulo.

Nesse primeiro título, Clarissa nos convida conhecer La Loba, o arquétipo é de uma senhora que vive no deserto e busca por ossos. La Loba seleciona quais que ela deseja acordar e canta sobre eles. De um cantar pulsante, os ossos se ativam e surge um lobo a correr pelo deserto.

Os ossos são para Clarissa uma metáfora pra falar da parte mais profunda do nosso ser. Conhecer essa parte significa aproximar-se da essência da vida. Significa não ser o que esperam ou o que se espera, significa apenas ser o que se é. Além disso, catar os ossos e separá-los é um processo de resgatar partes nossas esquecidas e eliminar partes que já não nos alimentam mais a nossa alma.

Esse processo existe em cada mulher e pode ser acessível a todas. O “Rio abajo Rio” que é como ela chama nossas profundezas de alma pode ser encontrado pelos nossos órgãos dos sentidos: pelos nossos olhos, pelos nossos ouvidos, pelo nosso corpo todo.

Podemos buscá-lo em atividades que alteram a nossa consciência como a escrita, a meditação, a dança, a arte, o toque de um tambor, a contemplação da natureza. Todos esses são portais da psique.

Não só ela nos oferece um livro cheio de portais, Clarissa nos atenta pra sermos cuidadosas com nossa psique e seus canais. Esse universo bonito, colorido, iluminado ou difícil e obscuro é um terreno a ser percorrido com a inteireza do nosso ser, que não ignora as coisas boas ou as coisas ruins, mas que não se deixa dominar por nenhuma delas.

No nosso grupo nós percebemos que todas nós ansiamos por isso. Conectar com a essência, renovar, entender o que precisa ir e o que precisa ficar. A natureza exige uma renovação de tempos em tempos, exige ainda mais nesse 2020 que quer que todo mundo seja fênix. É ótimo ser Fenix, mas lembra da Clarissa, faça isso com o cuidado e a minúcia da La Loba ao separar os ossos.

Juliana Wesendonk Soeiro

Contato: 51. 9892.64043

CRP: 07|26220


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