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Independência Feminina

As mulheres sempre foram consideradas “incapazes” para exercer atividade profissional de mesma qualidade que o homem, sendo então subjugadas, tornando-se invisíveis ao domínio de uma estrutura capitalista-patriarcal vigente. Assim, a mão de obra da mulher tinha um preço que favoreceria o sistema e a tornava dependente de um cônjuge. Este mantinha a “disciplina” no lar por ser o provedor, fazendo muitas vezes uso de um poder exacerbado, deixando-a impotente frente à situação. Silvia Federici vai além ao dizer que o homem se torna um ser perverso, que controla e supervisiona a mulher, sentindo-se no direito de puni-la quando não realiza a tarefa doméstica a seu gosto, e somente a partir do momento que nos apropriamos de nossas vidas de forma consciente é que se pode criar nossa história em relação aos outros.

E assim, surgiu um grupo de mulheres com capacidade crítica, que buscaram no seu momento histórico e cultural, como agentes do conhecimento, questionar como o sistema estava sendo produzido. Dessa forma puderam proporcionar uma nova possibilidade que se descortina às mulheres, que partem ao encontro de seus direitos de igualdade, deixando de ser uma “mulher natureza” para ser vista como uma “mulher indivíduo”, indo em busca da sua individuação através do ingresso no mercado de trabalho, fazendo com que o conceito androcêntrico ultrapassado patriarcal se rendesse à infinita capacidade feminina.

Meu reconhecimento eterno a essas pioneiras, que puderam me proporcionar um outro modo de viver, livre para fazer minhas escolhas e por garantir meus direitos como ser humano.

Uma ótima semana!!

Por Rosane Machado

Mestranda em Estudo Sobre as Mulheres, Gênero, Cidadania e Desenvolvimento pela UAB de Portugal.

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