O empoderamento, para nossa sorte, é a palavra do ano. Estamos mais do que nunca aceitando nossas diferenças e respeitando-as. Descobrindo sobre novidades sobre nós mesmos e percebendo que quem se é, é ótimo e ponto.
O cacheado que se vê na minha cabeça e em outras tantas hoje em dia, saíram do armário. Nos descobrimos bem melhores do que antes, quando tentávamos nos encaixar no padrão comportado.
É um momento mágico se encontrar: nos empoderamos pelo fato de encontrarmos em nós, aspectos até então, desconhecidos – de força, de superação de limites, de persistência, criatividade, graça e beleza.
Porém, nem tudo são flores. Muita gente pode te achar arrogante pelos posicionamentos firmes, por se colocar de maneira que não fazia antes, por não fazer o que não está afim e fazer apenas o que faz sentido pra ti. Que ótimo! Pela primeira vez, estamos impondo limites a estes outros(as) e de certa forma fazendo com que percebam e, quem sabe, façam o mesmo.
De fato, o ponto onde gostaria de chegar é que a arrogância e o empoderamento são caminhos muito diferentes. Arrogância tem a ver com exibicionismo, com contar vantagem, com manter uma postura intolerante frente a opinião alheia e ao seu modo de se colocar.
Podemos ver muitos discursos que se dizem “empoderados” e que, na verdade, manifestam raiva ao invés de informação. É basicamente, manter uma agressão presente, desta vez fazendo com que as pessoas que não tem consciência ou conhecimento das nossas causas se sintam humilhadas, tal como nos sentíamos com nosso cabelo alisado em dia de chuva.
Dessa forma, jamais conseguiremos atingir nosso objetivo. Empoderamento tem a ver com liberdade, com amor próprio, com consciência. Pouco tem a ver com incutir e/ou obrigar unanimidade de opinião, mas de demonstrar na nossa atitude que não é preciso que o outro nos aceite, já que nós já nos aceitamos e isso basta.
Juliana Wesendonk Soeiro
Psicóloga CRP 07/26220 Contato: ju_soeiro@hotmail.com
Tel: 51.981345357
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