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Emancipação feminina

Escutar pessoas, observá-las e, assim, poder entendê-las faz parte da minha profissão. A escuta terapêutica me fez buscar outro olhar para aquelas mulheres oprimidas, desassistidas, que se sentiam desamparadas e questionar sobre o que na verdade seria uma mulher emancipada. Talvez minha forma de ser e pensar sobre a existência seja totalmente diferente de outras pessoas, mas não quer dizer que estejamos erradas. Cada ser é único e, portanto, pode decidir sobre sua vida, recriando-a conforme as possibilidades se descortinam a sua frente.

A socióloga Teresa Cunha acredita que a emancipação da mulher está ligada ao fato de ela não sofrer e não temer qualquer tipo de violência, não é exercido qualquer controle sobre ela, participa na preservação dos seus valores próprios. Estaria ainda ligada à capacidade de exercitar seu poder no cotidiano e assim fazer emergir sua força interior com legitimidade e competência.

Ou seja, a mulher tem que viver de forma digna, capaz de gerenciar sua própria vida, indo ao encontro de saberes que proporcionem capacidade variada. Isso me faz pensar em quantas mulheres não compartilham de decisões com seu cônjuge, sendo muitas vezes a última a saber sobre, por exemplo, a troca de carro, não participando de decisões importantes nem tampouco sendo questionadas sobre nada.

Muitas histórias podem ilustrar essa questão e levar a várias reflexões, o importante é sempre ir ao encontro de nossa existência, para poder estabelecer um novo paradigma que dinamize o cotidiano e o povoe de gratificações para aquelas que nunca a experienciem. Como anda sua existência? Faça uma pausa e reflita.

Uma ótima semana!!

Por Rosane Machado

Mestranda em Estudo Sobre as Mulheres, Gênero, Cidadania e Desenvolvimento pela UAB de Portugal.

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