No dia 26 de agosto é celebrado o Dia Internacional da Igualdade Feminina, e ele nos inspira a pensar em como, mesmo em 2020, demandas que sobrecarregam as mulheres e reduzem o tempo delas para se dedicar a outras atividades, sejam profissionais, de autocuidado ou lazer.
As conquistas das mulheres foram essenciais para mudanças que deram mais voz e espaço na sociedade. Mas, ainda hoje, um ponto muito importante quando falamos em igualdade está na divisão das tarefas domésticas e dos cuidados com os membros da família. Ter uma rede de apoio familiar contribui muito para que a igualdade comece dentro de casa. Quando bem estruturadas, as relações podem ser mais leves e não só as tarefas, mas os cuidados podem ser balanceados.
Se todos na casa, desde os adultos até as crianças participarem dessa divisão, sempre com empatia, o trabalho passa a ser de uma equipe unida. Fica tudo mais divertido saudável, e criam-se conexões saborosas entre todos que vivem no mesmo lar.
Dividindo tarefas
A divisão das tarefas domésticas entre homens e mulheres, desde a infância, é parte primordial na busca pela equidade de gênero. É o primeiro passo para que as mulheres possam ocupar os lugares que de fato querem ocupar. Esses espaços podem (e devem) ir muito além da cozinha e dos afazeres domésticos. Uma divisão justa das tarefas do lar permite que as mulheres se empoderem no mercado de trabalho, na produção criativa, no esporte, viagens, estudos, saúde e onde mais elas quiserem estar.
Segundo o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5, a igualdade de gênero vai além de ser um direito fundamental: ela é a base necessária para a construção de um mundo pacífico, próspero e sustentável. Infelizmente, o ranking de igualdade de gênero 2020 (Global Gender Gap Report) do Fórum Econômico Mundial, mostra que o Brasil ocupa o 92º lugar entre 153 nações. O estudo estima que serão necessários 100 anos para eliminar esse abismo social.
Por aqui, a Rede Nossa São Paulo, em parceria com o Ibope Inteligência, realizou uma pesquisa para entender essa disparidade. A “Viver em São Paulo: Mulher falou com cerca de 800 pessoas sobre divisão de tarefas domésticas, cuidados com os filhos e violência contra a mulher. Um dos dados mostra que 52% dos homens entrevistados acreditam que os afazeres domésticos são divididos igualmente com as mulheres. Mas elas, vêm em 39% esse mesmo índice. Os números são bem parecidos quando se trata na divisão de tarefas relacionadas aos filhos: 55% para eles e 37% para elas.
Nesse momento, a rede de apoio e os laços de afeto são mais importantes do que nunca para chegarmos mais próximos de uma vida que permita às mulheres se desenvolverem e serem livres. Isso vale para todas as fases da vida, cada uma com uma necessidade.
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