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Deixem a grávida passar!

Deixem a grávida passar. Ela está acima do seu peso. Somente a barriga dela pesa 3 quilos. Imagine: você com três quilos de arroz na sua pança.

Por isso, dê espaço para a grávida passar na rua. Ela caminha mais devagar, a passos lentos. Se você tem pressa, com cuidado, ultrapasse ela.

Deixe a grávida passar. Deixe-a decidir se ela quer um parto natural, ou cesárea. Não palpite. Ela só precisa do seu acolhimento.

Deixe a grávida passar. Ela está vulnerável. Dê o banco para ela sentar, dê o primeiro lugar na fila do supermercado, da farmácia.

Deixe a grávida passar. Não diga o quanto ela engordou, ou emagreceu. Diga que ela está linda! Exatamente como está.

Deixe a grávida passar. Busque um copo de água para ela, pergunte se ela precisa de algo. Pergunte se ela quer ajuda.

Mulher, se essa mulher optou por ter filhos, respeite. Se outra optou por não ter filhos, respeite também. E que cada uma respeite a decisão da outra.

Homem, se esforce, ao máximo, para cuidar dessa mulher. Ela precisa da sua força e, claro, da sua sensibilidade também.

Deixe a grávida passar! Em mundo que corre, como se o relógio fosse uma constante maratona de corrida, ela está vivendo em outra época. Em outro mundo. Muito mais devagar.

Tenha empatia.

Não questione suas decisões. Não a julgue. Não a coloque insegura. Dê somente força. Você veio de uma mulher. Tão vulnerável o quanto. Você estava dentro da barriga de uma mulher, necessitando dessa paciência e proteção do mundo externo.

Você também um dia estava dentro de uma mulher que caminhava a passos lentos, com quilos a mais no corpo, se sentindo vulnerável, e muito mais cansada.

Por isso, deixe a grávida passar.

Um beijo no seu coração, de uma grávida.

Caroline Tatsch.

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