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Cuidar de si é cuidar do outro

Que desafio essa semana escrever sobre a situação que estamos vivendo. Com certeza queria escrever sobre outros problemas. Como escrever um texto sobre o Corona Virus que não nos deixe mais apavorados que já estamos, mas também não seja leviano?

Eu como qualquer ser humano saudável com a cabeça no lugar, estou com medo. Tal como o medo que você sente: Do vírus, da sobrevivência, da economia, dos meus parentes e amigos na faixa de risco, dos meus amigos e parentes que não estão na faixa de risco e que tem também seus amados nessa classificação.

São muitos os medos que podem surgir nessa hora. O mais relevante me parece a pergunta “De que forma viver um pouco melhor com tudo isso?” “De que forma proteger o máximo de pessoas possível?”

Esse vírus veio mesmo para nos afetar, para testar nossa humanidade da forma mais adversa possível. Com o que estávamos afetados antes dele aparecer? Estávamos olhando pra NÓS MESMOS (individualmente), ou pra todos nós?

Com certeza o Corona nos convida pra olhar pra “todos nós”. Todos nós enquanto responsáveis uns dos outros. Quantas vezes – até hoje – ao longo da nossa existência, nós olhamos pra vida do outro como nossa também? Quantas vezes nos cuidamos de verdade, pra não precisarmos de alguém que nos cuide e que pare sua vida por nós? Quantas vezes nos responsabilizamos pelas nossas próprias atitudes para que outros não precisem se responsabilizar pelas mesmas?

Somos pequenos organismos dessa terra, pequenos organismos que estavam e estão até hoje infectados com o vírus da indiferença, do individualismo, do egoísmo, o vírus da onipotência. Deuses do controle do nosso próprio celular.

Não estou fora desse barco. Sou mais uma afetada por esses vírus, espero que não o do Corona, esses outros que citei ali em cima. Talvez a melhor forma seja se afetar de verdade, claro que não do Corona, apenas deixar-se “tocar” pela força da responsabilidade, da união, da solidariedade e da empatia.

Desejo que a gente em coletivo possa tentar vencer tudo isso, de forma mais honesta, amorosa, olhando pra com nós mesmos e para os outros. Que esse momento em casa seja de reflexão, seja de harmonia, seja de amor com nossos parentes e amigos.

Tomemos as medidas que nos cabem: tenhamos mais compaixão uns com os outros -sejamos mais amigos, mais parceiros, mais gentis. O vírus nos chama a curar a nossa desumanidade: fiquemos em casa.

Força pra todos nós, amor e paz!

Beijos!


Juliana W. Soeiro

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