A ansiedade tem diversos níveis e alguns sintomas: falta ou excesso de apetite, respiração ofegante, palpitação, sensação de nó na garganta, preocupação exagerada, insônia, medo de que algo ruim vá acontecer…
Hoje em dia é difícil encontrar alguém que não esteja um pouco ansioso. São muitas demandas a serem atendidas e a sensação é de que a árvore de natal já está no shopping e que depois de amanhã o ano acabou. Tenho várias recomendações pra se tornar mais tranquilo: meditar, tricot, terapia, exercícios, plantar, rezar, malabares, filmes, séries, caminhadas, conversas. Mas juro que se depois de tudo isso, ainda não resolveu, siga tentando.
A ansiedade tem status de “coisa ruim”. É quase sempre associada a algo negativo. Ninguém acha bonito e gostoso estar ansioso. Porém, normalmente é a prévia, o frio na barriga de alguma mudança efetivamente positiva: apresentação de trabalho, um projeto novo, uma viagem, uma entrevista de emprego. São coisas boas que estão surgindo e que fazem a gente sair do momento presente pra tentar começar a viver aquilo lá, que parece mais interessante do que o que está aqui – ou pelo menos dá reações físicas no corpo mais “eletrizante”.
Apesar de ser eletrizante, emocionante e mais atraente, se a ansiedade domina, não conseguimos fazer o nosso melhor no aqui-e-agora. Não teremos aproveitado o trajeto de forma agradável, nem colocado uma presença efetiva naquilo que realmente precisa ser feito pra chegar lá. Sei o quão difícil pode parecer, pois não é do dia para a noite que o nosso interno inquieto se transforma. Faz parte aceitar os ciclos de nervosismo, as marés cheias e outras, nem tanto.
Entender que a vida é o que é que existe tempo pra tudo e que vai acontecer o melhor pra nós, seja ele qual for, é uma questão de fé. Só essa fé vai nos deixar mais tranquilos.
Juliana Soeiro – Psicóloga Clínica CRP: 07/26220 TEL: 51 981345357
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