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Comecei em dezembro

Fim de ano. Parece obrigatório analisar, fazer contas do que foi feito, do que aconteceu, reviver noticias, fazer um inventario. Vou falar o óbvio pra te espantar: muitas coisas nascem em dezembro. Vidas, amizades, empregos, namoros, ideias, planos, textos, teorias, plantas, cabelos. Mesmo assim damos a ele o peso de final.

Essa matrix em que vivemos determina quando as coisas começam ou quando devem terminar. Resolvi pensar então, que algo nasceu em mim esse mês, ou melhor Renasceu em mim: a identificação com o vegetarianismo.

O estopim foi que, por acaso, assisti aquele vídeo do cachorrinho sendo violentado no carrefour. Poucas vezes esse ano me senti tão mal. Quanta dor! Que violência com um ser indefeso!

Logo em seguida, levei um tapa na cara de uma amiga mais consciente que mandou um meme de um cara comprando carne e dizendo para o açougueiro “-Voce viu que absurdo? Mataram um cachorro la no outro mercado, eu nao compro nada mais não”. 

Claro, cachorro não pode! Vaca sim?

Me deparei com a minha discriminação com os animais. Quem somos nos pra decidir qual dos bichanos merece a vida? E qual deles pode ou não pode morrer com sofrimento?

Não posso dizer que nunca mais irei comer carne, porque ja me comprometi com isso e falhei uma vez; mas assino aqui que comecei em dezembro e numa quinta feira (olha que ousadia) meus novos votos de compromisso com o vegetarianismo.

Juliana W. Soeiro

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