Felizmente, nos tempos atuais estamos começando a ver com mais clareza o quão benéfico é para a saúde física e mental de cães e gatos o procedimento de castração/esterilização. Castrá-los precocemente também tem se mostrado fundamental na luta contra o nascimento de ninhadas indesejadas, que posteriormente serão, em sua grande maioria, abandonadas, mal tratadas ou terão suas vidas ceifadas em idade jovem, de forma triste e solitária, tornando-se uma questão de saúde pública. Além disso, há doenças que esses animais, quando doentes, podem nos transmitir, e por se reproduzirem em progressão geométrica, se faz necessário controle populacional da bicharada.
· Será mesmo que a castração faz bem pra saúde de cães e gatos? Sim, fisicamente e mentalmente. Para as fêmeas, o procedimento diminui consideravelmente o risco de câncer de mama, eliminando também o risco de infecções uterinas graves, como a piometra. Também não entram mais no cio, poupando os tutores de lidar com o sangramento e com possíveis cães de rua fazendo plantão no portão. Para os machos, a castração reduz a frustração sexual e a necessidade de sair em busca de “namoradas”. Ao mesmo tempo, isso diminui o risco de fugas, atropelamentos e brigas com outros machos. Importante ressaltar aqui, que reduz-se em grande escala os problemas de próstata e evita-se o câncer de testículo, que pode ser fatal. E para alívio de muitos humanos, eles sentem menos necessidade de marcar o seu território com urina. E para ambos os sexos, mais anos de vida e grandes chances de ficarem mais dóceis, tranquilos, receptivos, menos competitivos, o que facilita a interação e reduz situações problemáticas.
· Castrando solucionamos questão importante de saúde pública. Como assim? Então, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam, que em países pobres e emergentes como o Brasil, há a proporção de 15 filhotes de cães e 45 de gatos para cada bebê nascido. A situação preocupa não só pela qualidade de vida dos animais, que acabam por se tornarem vítimas frequentes de situações cruéis de maus tratos, como também de abandonos, que só no Brasil, segundo a OMS também, são mais de 30 milhões de animais, entre cães e gatos, em total situação de abandonado e desamparo nas ruas. E esse crescimento da população de animais de rua acaba por promover o surgimento exponencial de doenças entre estes animais, pois não recebem vacinas ou cuidados. Situação que pode se estender aos humanos, com a transmissão da raiva, do bicho geográfico, leptospirose e sarna. E é aí que temos uma preocupante questão de saúde pública a resolver. Desta forma entra a importância da castração, como eficiente método de controle populacional. Controle populacional seguro, responsável e com o devido respeito que a vida do outro merece.
· Pode parecer piegas, mas não é: CASTRAR É UM ATO DE AMOR, sim. Pois então, quando castramos os nossos pets, ou contribuímos para a castração de animais que estão a viver em situação de risco e abandono nas ruas da cidade onde moramos, estamos amando aquele ser. Por um segundo ou por uma vida inteira, isso realmente não importa. Estamos cuidando dele. Querendo que a vida daquele patudinho fique melhor. Que ele adoeça menos, que
ele sorria mais. Pensando no futuro daquele cão ou gato. Pensando no futuro de todos nós, como sociedade integrada que tentamos ser. E isso é amor. Também.
Fontes: https://www.worldanimalprotection.org.br/not%C3%ADcia/desmitificando-veja-8-beneficios-da-castracao
https://anda.jusbrasil.com.br/noticias/100681698/brasil-tem-30-milhoes-de-animais-abandonados
https://anda.jusbrasil.com.br/noticias/189863241/abandono-de-animais-e-caso-de-saude-publica-e-castracao-e-a-solucao
Por Lúcia Helena da Luz voluntária da causa animal e presidente da Associação Cão da Guarda.
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