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Cantinho especial da Serra Gaúcha, Cambará do Sul é destino pra descansar a dois
































Chega verão e todo mundo já pensa em praia, mas hoje trago um cantinho especial aqui da nossa trerrinha, que vale visitar no inverno e no verão. Município acanhado de 7 mil habitantes e meia dúzia de ruas empoeiradas, Cambará do Sul está posicionada entre os parques nacionais dos Aparados da Serra e da Serra Geral. Ali fica a maior cadeira de cânions do Brasil e boa dose de trilhas e cachoeiras, entre a vegetação do extremo sul da Mata Atlântica, pontuada por florestas de araucárias, banhados e campos de altitude. Pousadas charmosinhas acolhem casais que vão atrás do clima de serra, com friozinho, noites de fondue, lareira e céu farto de estrelas regadas a vinhos regionais. Pode ser uma boa esticada de uma viagem para Gramado e Canela.

O que fazer em Cambará do Sul:

Centrinho

Não há muito o que ver na cidade em si, compactada ao redor da igrejinha Matriz de São José. As casinhas de madeira entremeadas por árvores de bergamota (mexerica em gauchês) abrigam algumas lojas como o Armazém do Gaúcho e a Coisas da Serra, que vendem cuia e erva para chimarrão e botas de montaria. Para roupas, cachecóis e pantufas fofinhas de lã, passe na Kantu Quente, onde você pode ver a senhorinha proprietária trabalhando no tear. Pare também na Casa do Mel, onde vendem variedades produzidas nos apiários da região.


Cânion do Itaimbezinho

Em 30 km de entrada de terra partindo de Cambará do Sul você chega na entrada do Parque Nacional dos Aparados da Serra, com estacionamento e trilhas sinalizadas – não é preciso ir com guia. Duas trilhas deixam ver a gigante garganta verde com 5,8 km de extensão e paredões de até 720 metros – faça as duas. A do Cotovelo tem 6 km ida e volta e passa por uma borda do cânion sobre plataformas de madeira. Mas gostei mais da vista da Trilha do Vértice, porque dá para ver a Cascata Véu da Noiva despencando entre a vegetação, pontuada por araucárias. A gente se sente pequenininho ali. Vá pela manhã, quando tem menos chance de neblina e a luz é a mais bonita.

Cânion Fortaleza

O Parque Nacional da Serra Geral é mais recente, de 1992 (o dos Aparados é de 1959) e tem menos estrutura, o que consequentemente dá ao Fortaleza uma vibe mais selvagem. O acesso se dá por uma caminhada fácil de 30 minutos desde o estacionamento – também não precisa de guia. Diferente do Itaimbezinho, dá para chegar bem pertinho da borda dessa majestosa muralha verde de 7,5 km de extensão e 940 metros de profundidade. Na volta, há outra trilha pelo lado esquerdo para ver o cânion de outro ângulo, passando pela Cachoeira do Tigre Preto e o Mirante da Pedra do Segredo. Dá pra sentar e admirar por horas – ou o quanto você aguentar o vento ensurdecedor que costuma soprar por ali.



 

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