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Billie Holiday ganha documentário colorido por artista brasileira


O talento de Marina Amaral a fez ser chamada pela revista Wired de “a mestre da colorização”. A brasileira, nascida em Minas Gerais, é uma premiada colorista e responsável por dar vida — em cores — ao novo documentário de James Erskine, ‘Billie’, sobre uma das maiores cantoras de jazz de todos os tempos, Billie Holiday (1915-1959).

Marina sempre amou história e descobriu a colorização em 2015. A profissão em que hoje é bem-sucedida veio como um encontro entre suas duas paixões: a arte e a História, mas não de forma fácil. Artista autodidata, ela mergulhou de forma ‘obsessiva‘ em aprender tudo o que podia sobre o ramo e sobre como deixar a sua arte o mais perto de perfeita. Aos 21 anos, se viu solicitada para mais projetos e entrevistas do que conseguiu lidar. As crises de ansiedade ficaram cada vez mais frequentes e, aos 25, ela descobriu que estava no espectro do autismo. O diagnóstico a ensinou a ser mais compreensiva consigo.

Ao longo da carreira, Marina já fez projetos para grandes veículos de comunicação, como o New York Times e o History Channel, e coloriu fotos importantes como as do desembarque das tropas aliadas na Normandia, no chamado ‘Dia D‘ da Segunda Guerra Mundial, além de imagens da Rainha Elizabeth II. Em mais ou menos um anos, Marina ficou antenada e apaixonada por fotos e vídeos de Billie Holiday e procurou dar vida da forma mais precisa possível.

O processo foi muito baseado em interpretação artística, uma vez que não existia nenhum tipo de referência que eu pudesse usar naquelas imagens específicas. Uma coisa que eu sabia era que existiam algumas críticas sobre representações dela no teatro, por exemplo, quando foi interpretada por artistas que não eram negras. Captar e reproduzir quem ela de fato era foi um dos pontos mais importantes para todos nós, desde o início.” comenta ela sobre o projeto.


O roteiro do documentário sobre Billie Holiday foi baseado em uma série de entrevistas feitas pela jornalista Linda Lipnack Kuehl nos anos 1970. Quando a repórter foi encontrada morta em uma calçada de Washington, em 1979, esse material foi parar nas mãos de um colecionador e usado por vários biógrafos de Billie. Mais recentemente, o diretor James Erskine comprou os direitos das fitas com as entrevistas e desenvolveu o projeto em que Marina trabalhou. O documentário conta a história de Billie usando as fotos e vídeos de arquivo restaurados por Marina e combinados com cerca de 200 horas de entrevistas inéditas.

O filme tem previsão de lançamento ainda no início desde ano, eu já estou muito curiosa e vocês gurias?

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