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Avanços da liderança feminina

Matéria da Folha de São Paulo de 2016 aponta que mais mulheres estão tornando-se chefes nas empresas. Está provado que não precisamos de cotas para avançar nos cargos de lideranças. É só ter desejo e buscar meios para realizar tal empreitada. Requer, dentre várias características, força, coragem e estratégia.

O número de mulheres em cargos de presidência de empresas de médio porte no país subiu de 5% em 2015 para 11% no início desse ano, de acordo com levantamento da consultoria Grant Thornton.

Em 2015 (ainda até hoje) acreditava-se que para as mulheres galgarem postos de lideranças, precisava-se compulsoriamente, instituir cotas para isso. Nunca fui a favor. Acredito na meritocracia. Ninguém, além da própria mulher questiona sua competência. Todas as habilidades que queremos ou que precisamos para alguma atividade bastam desenvolvermos.

Como toda mudança cultural leva tempo para ser absorvida e de fato acontecer, nessa área não seria diferente.

De todas as pesquisas que já li clientes atendidas, mulheres que conversei por esse nosso estado, nos cursos e palestras que ministro, o fator que mais coloca em xeque os objetivos de uma mulher é a maternidade. Hoje as mulheres estão optando por terem seus filhos entre os 30 e 40 anos, depois de alguma estabilidade e conquista financeira.

A questão que levanto para que você leitor (a), reflita comigo, é que sabemos hoje que qualquer carreira, seja ela dentro de uma organização ou empreendendo em algum negócio próprio, exige muito esforço e dedicação. Não conheço mais pessoas que apenas trabalhem 8 horas diárias. Nossos expedientes avançaram também nas horas, as demandas ficaram mais acirradas.

Como conciliar filhos que nos exigem energia uma atenção bárbara como toda essa dedicação ao trabalho? Existe caminho para a felicidade sim. Fundamento em dois pontos:

1) Definição clara de quais são seus objetivos e onde se deseja chegar. Mulheres ganham mais espaço sim, mas muitas vezes em funções que não exigem tanta dedicação quanto outros. É raro, por exemplo, mulheres ocuparem posições que a função requer viagens ou algum tipo de ausência familiar. Ocupam com grande frequência funções que envolvem relacionamentos, voltadas para área de recursos humanos. Áreas técnicas, projetos, engenharia, e vendas notadamente remuneram melhor os profissionais que nelas atuam independente de gênero. Saber disso e ter esse conhecimento também são importantes.

2) Ter clareza quanto a maternidade. Penso que esse seja o mais desafiador dos pontos. Além da questão temporal, desejo intrínseco de qualquer fêmea, é necessário avaliar o desejo do outro genitor e o quanto ele estará ou não disposto a colaborar com seu desejo de dedicação a prole.

O caminho está favorável e aberto às mudanças. Hoje, os homens querem estar mais próximos às suas famílias e participam cada vez mais da vida e das atividades dos seus filhos. A questão é a mulher permitir que isso aconteça sem carregar o peso da culpa por não ser ela quem está executando uma atividade que inconscientemente entende como sendo dela.

Por Mileine Vargas

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