Fonte da imagem: CINEMIDADE – blogger
O cinema nos proporciona verdadeiras obras de arte que nos fazem refletir sobre nossas vidas e nossos comportamentos. Com as experiências que vivemos a medida que os anos passam, vamos desenvolvendo um olhar mais apurado em relação a tudo que nos cerca. E podemos concluir coisas muito interessantes sobre os mais diversos fatos.
Cito dois filmes que trazem histórias muito peculiares sobre escolhas profissionais. Cisne Negro e Whiplash. Eles possuem algo em comum. A busca pela perfeição. No primeiro, a bailarina Nina, é escolhida pelo treinador pelo seu talento e habilidade na dança para representar os dois personagens, Cisne Branco, que ela já dominava e Cisne Negro, em que ela precisaria desenvolver novas capacidades. Acima de tudo, ela desejava muito desempenhar aquele papel e para isso, submetia-se a uma pressão psicológica intensa e seu sofrimento por consequência disso era muito grande.
No longa Whiplash, o personagem Andrew, que sonhava em ser o melhor baterista da sua geração, também era exigido arduamente pelo seu mestre. O músico submetia-se a situações extremas colocando sua própria saúde física no limite.
Agressividade, humilhação e chantagem eram algumas das armas que os dois treinadores se valiam para orientar e exigir dos seus alunos. O stress emocional era imenso. Evidentemente que ambos os personagens tinham um desejo: serem os melhores, independentemente das circunstâncias. Eles gostavam muito do que faziam. Seus treinadores percebiam e reconheciam neles talento para tal. As situações vividas pelos dois eram extremamente desgastantes e desafiadoras.
No nosso dia a dia percebemos líderes agindo de forma muito parecida com os exemplos acima. É inútil querer muda-los. É preciso mudar a nós. Sempre há saídas para a dor. Desenvolver flexibilidade e paciência é um bom início. Obviamente precisamos identificar se aquela atividade que estamos desempenhando faz sentido e nos realiza como profissionais.
A pressão que o mercado de trabalho nos impõe é grande. É assim que a vida real funciona. Se você não estiver disposto a mudar-se para uma casa de campo e cuidar de ovelhas, aceite o mundo em que vivemos reclame menos dos desafios e aja mais.
Tanto Nina quanto Andrew, com auxílio de um profissional da área do desenvolvimento humano, poderiam ter encontrado um caminho de menos dor e sofrimento para enfrentar os desafios e quiçá, ter obtido um final um pouco mais feliz.
Por Mileine Vargas
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