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Amar e ser amado

Dentre várias questões atuais, temos como alvo uma reflexão sobre as diferentes formas de amar. O amor, tal sentimento e comportamento tão complexo, podem estar presentes entre amigos, casais, familiares, parentes, humanos e cachorros (aqui entenda qualquer animal de estimação) e requer dedicação, cuidado e compreensão para ser um comportamento mantido. Valendo-se da teoria da Análise do Comportamento, de acordo com Skinner (2009), podemos explicar o amor como sendo reforçamento positivo, ou seja, toda consequência relacionada a um comportamento que tende a aumentar sua frequência. Seguindo essa linha, amor é aumentar a frequência dos comportamentos de amar. Aquele abraço, cartinhas, flores, atenção, dedicação, compreensão que são relevantes na vida de alguém ou qualquer outra ação que seja reforçadora de acordo com o padrão de uma pessoa.

A partir do momento em que se inicia um maior afeto é possível que inicie uma relação. Inicialmente, não há objetivo definido a não ser aumentar e intensificar tais comportamentos, então ocorre um pedido de namoro ou indiretas para se certificar exatamente qual denominação tem aquele relacionamento. Com o decorrer do tempo, observa-se uma tendência a oficializar uma união, que no caso seria o casamento. Os interessados supostamente já mantém um relacionamento, porém é necessário a eles que haja um comunicado oficial a uma autoridade pública e uma religiosa (ou uma delas) e que se oficialize tal união. Então há choros, há festas (sempre ótimas), há doces (sempre ótimos), há surpresas, bom, mesmo que sejam similares festas de casamento podem ser bastante divertida. Após o casamento temos uma união com mudança de status e possivelmente de comportamento também, seja como for.

Além disso, para enriquecer o assunto, vamos substituir o momento do casamento anteriormente citado pela necessidade de ficar juntos somente, não havendo o desejo de festa ou oficialização pública, visto que também há essa possibilidade. É uma escolha por vezes alvo de comentários ou de sugestões para possíveis “mini oficializações” (uma reuniãozinha entre amigos, um churrasco ou uma festinha). A necessidade de oficializar é mais frequente atualmente, então não haver algo nesse sentido pode parecer um pouco curioso ou mesmo estranho. Ainda que não comum, é uma escolha em cada vez mais casais que optam por oficializar somente para si mesmos e isso basta. Há comportamento reforçador, há reforço positivo, há aumento de frequência de comportamento e há comportamentos do amor, conforme ensinou Skinner. E se há reforço positivo, há satisfação e felicidade.

No momento, o foco é somente expor apenas duas diferentes formas de amar dentre tantas e como podem estar presentes em uma sociedade tão plural. Partindo desta diversidade, é esperado que cada pessoa seja responsável por suas escolhas e consequências, amando e sendo amada. Portanto, aqui não há críticas negativas, mas apenas amor delineando letras que formam as palavras.

Referência: SKINNER, B. F.. Walden II: uma sociedade do futuro. 2. Ed. São Paulo: EPU, 2009.

Renata Cortinhas

Psicóloga com especialização em Psicologia médica

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