Ageless: quando a idade não importa
No passado, a mulher que atingisse a idade de 50, 60 anos estava condenada a um confinamento em virtude da aposentadoria e à dedicação aos netos, que iriam distraí-la na fase do envelhecimento. Havia receio inerente ao avanço da idade e temores por não saber ao certo seu fim, assim seus netos iriam, com suas brincadeiras ou sorrisos inocentes, proporcionar bons momentos. Essa mulher não dispunha de tempo para si, ou talvez não soubesse o que fazer para aproveitá-lo melhor.
Seria falta de criatividade? Acredito que a imposição em torno da idade impedia que a mulher desfrutasse de momentos agradáveis. Não digo que ficar com netos não possa ser legal, mas não apenas isso.
Ao ler uma reportagem, descubro o conceito de ageless, que surgiu a partir de uma pesquisa realizada pelo Institute SuperHuman com mais de 500 mulheres acima de 40 anos. Ageless seria a definição de uma mulher independente, que não quer abrir mão de sua liberdade para viver um relacionamento limitador. É uma pessoa que convive bem consigo e sabe administrar seu tempo em grupos diversos, que a colocam integrada ao meio. Além disso, pode ser feliz sem ser comparada com uma adolescente, sem ser infantilizada. É madura e consciente de que o tempo passa, mas com os vários recursos e avanços da medicina é possível ter uma excelente qualidade de vida.
Mesmo aposentada, não para, pois vai atrás dos sonhos que antes não podiam ser colocados em prática devido à falta de tempo. Não admite ficar apenas em casa de chinelo esperando o tempo passar, pois aprendeu que tudo passa numa velocidade assustadora, que cada dia deve ser reverenciado como único e especial, pois o amanhã está distante. Assim a mulher pode desfrutar de uma vida de inúmeras possibilidades, com projetos de vida que a tornam ágil e interessada na vida.
E você, o que acha a respeito? Ficou assustada? São os novos tempos que nos favorecem, pois não temos impedimentos sociais de construir um mundo melhor ao nosso redor.
Ótima semana!!! Por Rosane Machado Mestranda em Estudo Sobre as Mulheres, Gênero, Cidadania e Desenvolvimento pela UAB de Portugal
Comments