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A vida acontece em tempo real


Ontem participei de um evento sobre a importância da rede de relacionamentos, era um evento basicamente voltado ao público de comunicação, mas claro que eu não consigo separar mais minhas experiências em viagens, da minha vida profissional, principalmente da caminhada à Santiago de Compostela.


Ao escutar os palestrantes rolou na hora uma identificação quando o assunto foi empatia, cara pau. Rolou até uma dinâmica de trocar de lugar, conhecer o colega do lado, conversar, se relacionar. Nesse mundo tão digital e que a vida parece toda acontecer atrás da tela do computador, olhar no olho de um estranho e conversar com ele é algo fora do comum hoje em dia. Mas não deveria ser.


Sou jornalista, fornada há quase dez anos, mas eu só aprendi a me relacionar quando optei por uma viagem de princípios introspectivos (contraditório eu sei) mas explico. Quando fiz Caminho de Santiago, uma caminhada de 800km pela Espanha, meus motivos eram basicamente me reconectar comigo mesma, mas eu só consegui isso me conectando com outro, e foi na marra, na necessidade, por fome, frio e outros imprevistos. Tive que aprender a ter cara de pau a me relacionar, o que tive em troca? A empatia. O compreender, o comunicar, o ver o mundo com os olhos do outro. E um caminho que era para ser total introspectivo se tornou um caminho de relacionamentos. Um caminho de muita troca e aprendizado.


Voltando dessa "bolha" me perguntei porque não fazemos isso no nosso dia a dia, ter cara de pau, empatia...olhar o outro e levar isso as nossas relações profissionais e pessoais. Não precisamos estar viajando para contemplar a paisagem é só levantar os olhos da tela do celular, que pasmem, a vida acontece bem ali. Na tua frente.


Por Gabi

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