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A rainha das lives na pandemia, ganha homenagem na capa da Vogue


Vocês lembram que falei no post anterior sobre a revista Vogue britânica e critiquei a Vogue Brasil pela escolha da sua capa? Se não leu, corre lá antes de ler esse.

Pois, parecem que eles nos leram (risos) porque a capa desse mês da revista traz a maravilhosa Thereza Crtisina e a gente explica o porque. Se os shows ao vivo e presenciais não são possíveis no contexto da pandemia do novo coronavírus, a quarentena fez surgir uma nova plataforma artística: as lives. Muitos artistas vem realizando apresentações através de lives no instagram e no youtube, grandes nomes da música brasileira já deram sua palhinha ao vivo direto de suas casas, mas a grande mestra e maestra das lives por aqui vem sendo mesmo a cantora carioca Teresa Cristina. Ninguém no país soube mais e melhor transformar as lives em um evento singular e próprio, interessante e artisticamente excitante como Teresa, que por isso e por toda sua longa estrada no samba e na música popular irá estampar a capa da edição de julho/agosto da revista Vogue.

O formato é simples e tocante: com ao vivos diários, cada apresentação possui um tema, e traz convidados diversos, facilitados pela tecnologia e a quarentena. Em edições sobre trilhas de novela, sambas enredo, releituras de alguns dos grandes discos da música brasileira, homenagens a artistas e muito mais, Teresa reúne milhares de pessoas em seu Instagram para ouvi-la cantar a capela, assim como receber convidados tão variados quanto Caetano Veloso, Gilberto Gil, Bebel Gilberto, Ana Cañas, Céu, Cida Moreira, Chico César, Daniela Mercury, Joana, Monica Salmaso, Seu Jorge e muito mais.

Teresa conversa com todos, retoca o batom, toma cerveja e “apresenta” seu programa diário com desenvoltura e calor – como se estivéssemos todos em sua casa: de certa forma, estamos. Além, é claro, de cantar lindamente a fina flor da música brasileira com conhecimento enciclopédico sobre o tema.

Para a capa da Vogue o artista recifense Samuel de Saboia foi convocado para mergulhar no universo da cantora e criar uma obra que a retratasse. Segundo Saboia, a ideia foi trazer as emoções de Teresa para o retrato, com muita luz, energia e alegria. “Sem conhecer a Teresa pessoalmente, sei de suas relações com o mundo, como uma mulher preta no meio cultural, que enxerga noções que conectam nossos corpos, e promove uma empatia que se solidifica em nossa raça e cultura”, disse Saboia, em entrevista para a Vogue.

“A Teresa tem essa coisa muito gostosa de trazer uma sensação de casa, de bem-estar, de amigos de infância reunidos, memórias de um Brasil que anda meio esquecido. Ao mesmo tempo, sabe lidar de forma muito séria com questões como o apagamento da mulher preta, permitindo nosso acesso a outros pares”, afirmou.

Fonte foto e infos: Hypness

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