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A queda das estrelas

Uma amiga me disse uma vez que quando vê uma estrela cadente, ela perde todo o controle das coisas da vida. Não que ela não saiba que isto volta e meia acontece, mas porque a queda dessas lindas e iluminadas luzes do céu pode acontecer a qualquer momento.

Isto mexe com a gente, pois não só as estrelas, mas tudo pode suceder numa piscada de olho. Praticamente tudo está fora de controle. Está tudo naquela imensidão distante/perto de todos nós.

Achei poético e profundo, às vezes não chego nesse nível, faço apenas um desejo e sigo a vida. Muitas vezes fugi dessa reflexão, porque a queda da estrela é uma crise pra todos nós.

Percebo que, de certa maneira, pessoas caóticas conseguem lidar melhor com a perda de controle e que pessoas organizadas, com suas rotinas mais programadas, ficam no chão quando a vida dá uma bagunçada. Tem prós e contras nos dois estilos de vida.

Não sou defensora do caos nem da ordem militar da rotina. Podemos até chegar a discutir política a partir da queda da estrela, mas não é onde eu quero chegar agora.

Vejo que para os mais ordenados, o caos e os imprevistos ocorrem lá de vez em quando. Conseguem manter mais fácil uma rotina de estudos, exercícios e alimentação com maior disciplina. Pra eles, ocorre uma mudança no esquema quando realmente já não se tem o que fazer.

Já para os desordenados, a bagunça é o tempo todo. A pessoa se adapta a isso. As surpresas são mais frequentes, porque a rotina é mais maluca. Possivelmente por isso, fica mais fácil se moldar a um novo plano. A flexibilidade deles é um ponto forte.

Do caos se fez a ordem ou da ordem se fez o caos? Não sei, mas o balanço desses dois nos acompanha todos os dias. Vale a pena dar uma olhada nas estrelas.

Juliana W. Soeiro Psicóloga

CRP 07/26220

Contato: ju_soeiro@hotmail.com; 981345357

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