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A princesa que ajudou a recuperar a tradição ancestral do surfe


Nessa reta final do ano descobri uma história que quero compartilhar com vocês e que me remete a justamente algo que vou buscar agora no verão, o surf.

Era uma vez uma princesa que amava surfar. Essa é a história da Princesa Kaneamuna, que governou Ho’okena, na Ilha Grande, no Havaí. Acredita-se que seu reinado pode ser datado até o ano de 1600, a mesma data atribuída à prancha de surfe mais antiga já encontrada, que foi descoberta em sua caverna funerária.

Para além dos registros históricos, existem as lendas que são contadas para cada geração. Diz-se que a princesa pediu a artesãos que fizessem pranchas e trenós de diferentes formatos para testar no mar. Durante seu reinado, o surf se tornou uma atividade comunitária nas ilhas para homens, mulheres e crianças de todas as classes sociais.

Mas a de colonizadores no século XIX venceria essa tradição. Missionários americanos proibiram a prática do esporte por ser de gênero misto e ter seus praticantes desnudados para entrar no mar. A população foi considerada selvagem pelos novos “governantes” do local. Até que, uma outra princesa, a Ka’iulani surgiu para ajudar a reviver o esporte no Havaí, além de torná-lo internacional. Ka’iulani surfou no Canal da Mancha, na Inglaterra, e levou o mundo à loucura com o esporte.

Essa história me lembrou um filme que assisti quando pequena e que me remeteu a uma outra paixão, baleias. No filme A Encantadora de Baleias, a tribo Maori, no outro lado do mapa no leste da Nova Zelândia, acredita ser descendente de Paikea, o domador de baleias. Segundo a lenda, há milhares de anos a canoa de Paikea virou em cima de uma baleia e ele, cavalgando-a, liderou seu povo até um local para viver.


A tradição da tribo Maori diz que o primeiro filho do chefe da tribo seria considerado descendente de Paikea e líder espiritual do povo. Porém, é uma garota de apenas 11 anos que mostra ter o vínculo com o mar.

Apesar de ser corajosa e amada por todos, o pai da garota precisa ainda enfrentar a resistência de seu avô que insiste na manutenção da antiga tradição de que o chefe da tribo deve ser um homem.


Quem quiser mergulhar nesse mundo oceânico e cheia de mensagens girl power nesse final de ano, indico esse filme. Prepara a pipoca e se possível um mergulho no mar!



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