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A mulher e à atividade sacerdotal

A igualdade entre os sexos é cada vez mais tida como um direito, por isso quando ouvi a declaração, na semana passada, do Papa sobre a impossibilidade de a mulher receber a ordenação sacerdotal, surgiu certa inquietação. Fui tentar entender um pouco a respeito, mas não me convenci com o que li.

Jesus escolheu doze apóstolos para promulgar o cristianismo, que tinham amplo poder para curar as pessoas, não tendo, portanto, incluído uma mulher nesse seu seleto grupo. S. Thomas diz que quem é ordenado recebe o poder de agir “in persona Christi”, sendo assim, sua pessoa deve referir-se ao Cristo que era homem, e não uma mulher. Dessa forma, a mulher deve se sujeitar ao homem, e o sacerdócio manifesta a autoridade de Cristo e poder, atributo muito distante na época para a mulher. Creio que para época esse contexto de exclusão da mulher fosse aceitável, mas felizmente o mundo evoluiu e evolui numa velocidade cada vez maior. É difícil compreender por que alguns segmentos mantêm total retrocesso.

Confesso não ter nenhuma vocação para tal oficio, porém acredito que os interesses são variados e, portanto, possam existir muitas interessadas que no seu íntimo almejem seguir o caminho da ordenação sacerdotal, e não apenas a devoção de uma freira. Talvez há aquelas que pensem em lutar por esse direito, até por ter um espírito de liderança, mas que serão frustradas, pois os religiosos alegam que quem fundou a Igreja foi uma figura masculina, portanto, não podem mudar seus preceitos.

Não sou contra o dogma da religião Católica, nem tampouco me aprofundo muito para não encontrar motivos que me faça perder a fé, esta que me faz diariamente alimentar ideias e tentar expressá-las da forma mais acessível, tentando contribuir para as mulheres que ainda vivem à mercê da vida e de seus direitos. Tenho plena convicção de que Ele, de onde estiver, tenha vontade de poder transmitir ao clero da Igreja suas intenções de atualizar suas escolhas e, de uma forma cortês e gentil, estender seus braços às mulheres e acolhê-las.

Abraços!!!

Por Rosane Machado

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