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A metade da minha vida

Farei 34 anos neste domingo, 16 de fevereiro de 2020. Em mente, eu me imagino caminhando por uma trilha, chegando na metade da “estrada” da minha vida. Paro e olho para trás. Enquanto escrevo esse texto, sentada na minha cadeira em mais um dia de trabalho, faço minha própria linha do tempo imaginária.

É como se fosse um filme. No filme da minha vida, revivo diversos episódios da minha própria série. Eles estão divididos em temporadas: A Carol criança, a Carol adolescente, a Carol jovem, a Carol adulta, a Carol mulher e a Carol mãe. Agora com um filho, até sinto como se eu estivesse repassando o bastão da minha própria vida. Claro, ainda tenho muito pela frente. Mas, vamos parar e pensar, são 34 anos vividos. Muita coisa aprendi. Muita coisa ainda quero aprender.


Quando eu tinha 15 anos eu me imaginava com 35. Planejava muito. E, meus amigos, não saiu nada como eu planejava. E tudo bem.

Você não tem a mesma sensação? Já parou pra pensar o quanto você já venceu, perdeu, lutou, caiu, sofreu, riu, chorou? Você sente a diferença do seu “hoje” para o seu “passado”? Eu me emociono em pensar na minha vida. Quanta coisa eu já trilhei. Quantas escaladas já fiz, quantas emboscadas eu já caí.

Meu filho me fez dar conta que um dia eu morrerei. Me dei conta da morte: “Um dia irei morrer!” Eaí? Estou de boa com quem sou? “Tô”! Mas nem sempre. E tudo bem também. Estou orgulhosa de mim? Sim, estou. Me esforço para seguir meus princípios todos os dias. Procurei e procuro, ao máximo, viver aquilo que eu sempre acreditei. Mas nem sempre, e tudo o bem.

O mundo não é justo. E é isso a primeira coisa que vou ensinar pro meu filho: o mundo não é justo e é ao mesmo tempo. Tentei sempre ser uma pessoa “boa”, e nem sempre a vida me devolveu coisas boas. E ok, pois com certeza eu também devo ter machucado pessoas pelo caminho e ser um vivente na Terra faz com que nem sempre consigamos ser politicamente correto por 24 horas. E todos nós temos nossas hipocrisias. Nossos discursos são teoria e nossas práticas são bem diferentes, muitas vezes.

Já sofri por ser eu mesma? Já. Fui reconhecida por ser quem eu sou? Já. E também não fui. E é isso. A vida é isso. Ela não tem regra. Ela não tem fórmula. Ela não tem receita. Ela é cheia de surpresas. Conquistei amigos, fiz inimigos, corri pela minha carreira. Fui trapaceada. Fui feliz. Sou feliz. E essa tem sido a minha principal conclusão, até agora.

Tenho certeza que você também tem orgulho da sua história até aqui. Hey! Te deu conta que somos vitoriosos? Cada dia é uma nova experiência. A vida é boa, cara. Até quando ela não tá boa. Obrigada vida, pelos meus 34 anos.

Obrigada por todas as felicitações! Quanta gente boa tenho na minha vida! Obrigada!!!

Por Caroline Tatsch

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