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A luta feminina e sua história

Uma breve retrospectiva da história da mulher me leva ao tempo em que ela tinha que ser vendida ao cônjuge para contrair matrimônio, pois seu trabalho em casa ficaria vago e causaria prejuízo à família. Essa união sem conhecer o outro e de fato estabelecer uma convivência que pudesse trazer no mínimo um pouco de admiração pelo parceiro não era possível. Quando começa a existir divisão de trabalho e o homem passa a exercer atividade fora de casa, esse exige que a família da noiva pague um dote para assumir o prejuízo pelo fato de ela não contribuir para as despesas da casa, pois o trabalho doméstico até hoje não é remunerado nem tampouco valorizado. Ficando assim toda a incumbência das despesas com ele.

Não é preciso ir adiante na história para entender um pouco do discurso de quem busca minimizar essas diferenças entre homem e mulher e não ficar vazio de mulheres, por haver uma equiparação ao masculino, como julgava alguns pensadores, mas apenas garantir uma justiça entre essas desigualdades que pudesse favorecer também as mulheres. Esta pequena ilustração serve apenas para entendermos o movimento denominado feminista, que surgiu a partir de um grupo de mulheres com uma visão crítica que questionavam o tratamento dispensado a elas em detrimento ao homem. Pretendo com isso que as pessoas se permitam questionar o movimento, e não apenas considerá-lo um modismo que não precisa ser levado a sério. Que não levantem sua bandeira sem ter consciência da complexidade a que se refere e busquem informações que auxiliem um novo recorte sobre o tema.

Uma ótima semana!!

Por Rosane Machado

Mestranda em Estudo Sobre as Mulheres, Gênero, Cidadania e Desenvolvimento pela UAB de Portugal.

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