Você sabe reconhecer a sua casa da alma? Isto é, o lugar afetivo que te coloca de volta nos trilhos, que te conforta, que te acalma?
Em tempos de isolamento social, vimos o mundo inteiro parar, a vida diminuir seu ritmo e todos tivemos que reaprender a viver nesse distanciamento, aprender a identificar os lugares/pessoas que são a nossa casa da alma.
Talvez você esteja se perguntando, mas o que afinal é essa " Casa da Alma"?
Casa da alma significa encontrar conforto num simples abraço, numa risada bem alta, numa música que te renova, num banho demorado, num dia de cuidados consigo mesma, nas mensagens daqueles amigos que são a família do coração, no afeto dos familiares sanguíneos, nas lambidas dos seus pets, num beijo beeem demorado.
Ter uma casa da alma significa ter pra onde voltar quando tudo não fizer mais sentido e quando você sentir que precisa recomeçar.
Nesse momento em que coisas anteriormente tidas como essenciais se tornaram irrelevantes, percebemos, ao menos eu percebi, que o que realmente faz a diferença são as coisas que não podemos tocar, cheirar, ou ver... O que realmente importa é ter um lar emocional. O que realmente importa é ter pra quem correr.
- Só você sabe quem segura a sua barra, quem te coloca pra cima, quem renova a sua energia.
Para pra pensar em como você é absolutamente sortudo só por ter um grupo de pessoas que demonstram o seu amor, te colocam pra cima, te fazem sentir forte e especial quando você cai. É ou não é a coisa mais incrível do mundo?
Obviamente existem coisas que são fundamentais na nossa vida adulta, mas também existem aquelas que não são palpáveis, mas que se não existissem tornaria nossa vida mais amarga, mais seca, mais difícil de viver!
Daqui um tempo...
A vida vai voltar, os ritmos irão acelerar novamente, nós vamos nos readequar... Mas se tem uma coisa que me fez muito bem nesse período de reclusão foi me sentir tão abençoada por ter uma rede de apoio como a que eu tenho, que é engraçada, debochada, irada e rebelde, amável e afetuosa.
Pra nossa nova vida desejo que todos sigamos com as nossas redes de apoio, com nossas casas da alma que são nosso ponto de equilíbrio, mas também nosso ponto de partida.
Por enquanto, sigamos com fé em dias melhores.
Por Amanda Alves Rodrigues
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