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A banalidade da vida em tempos de violência

Como podemos conviver com tanta violência? Não tem como não se comover com mais uma perda. Uma mãe que fora buscar seu filho na escola. Poderia ser eu, você ou algum de nossos familiares. Bons tempos aqueles em que se podia ficar no carro aguardando alguém e mexer no celular enquanto se anda pelas avenidas. Hoje, todo cuidado é pouco. Uma família completamente modificada, que não será mais a mesma. A saudade dessa mãe-esposa na simples rotina do dia a dia será sentida nos pequenos detalhes. Estará presente na dor de questionamentos sem respostas, no encontro de olhares quando se for buscar aconchego no colo de um familiar. Não será preciso dizer uma palavra. O silêncio é reparador. Faltará aquele abraço terno no cair da noite dessa mãe que agora partiu e não mais poderá expressar todo seu amor. O tempo auxilia, mas a família terá que esperar muito para que a dor diminua. Não será fácil recomeçar.

Espero que mais esse ato de violência ocorrido em Porto Alegre seja motivo suficiente para que as autoridades tomem alguma atitude quanto à proteção de sua população. Não é possível que as famílias continuem a perder seus entes queridos em razão desse descaso com a vida humana. Mais uma mãe/mulher/cidadã se foi em nome de uma crueldade sem limites.

Solidariedade a essa família e a tantas outras que foram vítimas da violência que assola nossa cidade.

Rosane Machado

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