top of page

75 anos da Rainha do Rock Nacional


Um dos nomes mais importantes do rock nacional, Rita Lee completou 75 anos neste sábado. Rita também é popularmente conhecida como “rainha do rock”, apelido, aliás, que ela rejeita por considerar “um tanto cafona”, como afirmou em recente entrevista ao jornalista e escritor Guilherme Samora para a revista Rolling Stone. A artista prefere a pecha de “padroeira da liberdade”. Com quase 60 anos de carreira, Rita Lee Jones, seu nome de batismo, está aposentada dos palcos, mas não da música, para a qual a cantora e compositora paulistana diz continuar se dedicando na reclusão de seu lar. Além da família, poucas pessoas têm acesso a Rita, como o próprio Guilherme Samora, fã que se tornou um grande amigo, virou uma espécie de fotógrafo oficial da cantora e assinou a direção artística da exposição que tinha Rita como tema. Com a imprensa, há anos Rita concede entrevistas por e-mail, salvo algumas exceções, e mesmo assim entregando depoimentos sempre bem-humorados e afiados. Além de continuar a se dedicar à música entre quatro paredes, a cantora também investiu mais em seu lado escritora nos últimos anos: lançou as autobiografias “Rita Lee: uma autobiografia” (2016) e “FavoRita” (2018), o livro “Dropz” (2017) e o infantil “Amiga Ursa – Uma História Triste, Mas Com Final Feliz” (2019), um tema que é caro a ela como defensora dos animais. Nos anos 1990, Rita já havia lançado livros infantis da série “Dr. Alex”, que foram relançados recentemente. A menina rebelde da família Jones, de ascendência americana e italiana, se envolveu desde a adolescência com “Esse Tal de Roque Enrow” – título de um dos sucessos da sua carreira. Sob a influência de Elvis, Beatles e Rolling Stones, mas também de Angela Maria, Cauby Peixoto e Carmen Miranda, entre outros, Rita começou a compor e a se apresentar com amigos. Numa dessas reuniões, ela se juntou aos irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, formando a banda Os Mutantes, que ganhou projeção em 1967, quando acompanhou Gilberto Gil na canção “Domingo no Parque”, no histórico III Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record (para quem quer saber mais sobre o festival, vale a pena assistir ao ótimo documentário “Uma Noite em 67”, de Renato Terra e Ricardo Calil). Rita ficou nos Mutantes entre 1966 e 1972 (quando foi expulsa da banda, por divergências entre os integrantes e sua relação conturbada com Arnaldo, com quem foi casada), lançando vários sucessos, como “A Minha Menina” e “Balada de Um Louco” e, mesmo após seu fim, seguiu como referência para outras gerações, inclusive fora do Brasil. Depois, Rita teve uma passagem importante também pelo grupo Tutti Frutti, época em que foram lançados hits como “Agora Só Falta Você” e “Ovelha Negra”. A carreira solo veio no final dos anos 1970. Rita Lee se consolidou como uma voz feminina potente na música brasileira. Ao lado do marido, Roberto de Carvalho, grande parceiro em suas composições, ela lançou mais de 40 discos. Nessa fase solo, Rita continuou exercitando seu talento de hitmaker, gravando uma série de sucessos, como “Erva Venenosa”, “Lança Perfume”, “Saúde”, “Mania de Você” e “Baila Comigo”. Hoje Rita passa os dias em seu retiro, como ela mesma chama, sua casa junto com Roberto e seus animais. Sensação e plenitude de quem entregou tudo não é mesmo Ritinha? O Brasil e as mulheres agradecem muito!

...

Comments


bottom of page